Autor de: "eu" "Objetivo" "Eleito" "56" "Amarante" "Placa" "Fechado" "Crianças" "Radiante"; Pingo-Doce" "Obrigado" "Abragão"; "Droga", "Ciclistas"; "Calçada", “Isto é próprio de um país saloio(…)”,"Green” blá, blá, blá. “Clean”, blá, blá. “Healthy”, Blá blá, blá blá…

Sou filho de Maria Alice Aragão Silvares (também conhecida por: Mariazinha, Mariazinha Sores, Senhora, D. Maria Alice, …) e de António Soares da Silva (por muitos anos proprietário de um dos mais importantes comércios do concelho de Penafiel).

Ao longo de toda uma vida a minha mãe adquiriu (quer comprando, e mais importante ainda, herdando) um significativo acervo de peças e interesse cultural, social, artístico e etnográfico (a minha mãe foi durante dezenas de anos a Presidente do Rancho Folclórico de Aragão, como que uma presidência honorária). Também foi, conjuntamente com Guilhermino Gonçalves Pinto, fundadora desse Rancho. Por toda esta atividade em favor da etnografia de uma freguesia foi agraciada com a Medalha Dourada pela Camara Municipal de Penafiel, entre tantos outros reconhecimentos nacionais e internacionais.

Por morte da minha mãe herdei este acervo. Olhei e voltei a olhar para cada uma das peças e conclui que o seu legítimo proprietário deveria ser o Povo da Freguesia de Abragão.

Como em Abragão não existe nenhuma instituição capaz de receber tal doação, dirigi-me aonde me pareceu mais logico… ao Museu Municipal de Penafiel. Propus que aceitassem a doação até haver em Abragão condições de a acolher, num Núcleo Museológico do Museu. Posteriormente dirigi-me ao Senhor Presidente da Câmara Municipal de Penafiel…. Daqui a resposta não demorou. O Município não estava interessado. O Município de Penafiel não se mostrou minimamente disponível a acomodar esta doação até que em Abragão haja condições para a receber. Nem, sequer, mostrou o menor interesse em ver de que é que se estava a “falar” …  Conservar o património de uma freguesia não interessa nem ao Museu (por falta de melhor resposta) … nem ao Município que pelo menos se deu ao trabalho de responder à proposta… recusando.

Porque recusa um Museu uma oferta de um espólio que poderá ter o maior dos interesses para uma das freguesias do concelho onde se insere? E a Câmara? Porque se estará a Câmara “marimbando” para uma das freguesias da sua área geográfica, no aspeto em assunto?

Se há algo em tudo isto que me pareça normal? Não, não há!

Porque se apropriam algumas pessoas que desempenham funções de gestão do Bem Público de toda a racionalidade daquelas que, por um lado as elegem, ou que, por outro lado, foram empossadas nas funções que desempenham, por quem foi eleito? Não deveriam estes Bens Públicos serem Bens de Todos? Não é isso que quer dizer “Bem Publico” ou “Coisa Publica”? Sim, naturalmente que reconheço que se um autarca é reeleito é porque o Povo aceita este tipo de posturas…. Sim, reconheço que o direito das Minorias é coisa para ser falada lá nos países do Médio Oriente e de outros que tais… Por cá não há Minorias. Por cá a Maioria manda e, a haver Minorias… “temos pena!”.

Tinha-me proposto voltar ao tema do “Gestor da Coisa Pública” … ainda não foi aqui. Fica para outra ocasião! Escrevendo vou tentando encontrar respostas para decisões que me parecem, à partida, inexplicáveis.

Também havemos de nos debruçar um pouco mais sobre esta coisa “extraterrestre” que é ser: “Minoria”!

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