Amnistia
Fotografia: Amnistia Internacional
  1. Europa e Ásia Central

O autoritarismo ganhou terreno na Europa e na Ásia Central em 2021. Em alguns países, foi evidente a repressão das liberdades e o silenciamento de vozes dissidentes. Os defensores de direitos humanos de toda a região enfrentaram perseguições judiciais injustas e intimidação. Os receios da migração reforçaram os preconceitos contra muçulmanos, e os ciganos enfrentaram maior exclusão social durante a pandemia da COVID-19.

  1. África

O ano de 2021 foi marcado pela continuidade dos conflitos armados no continente africano, que se agravaram com a pandemia da COVID-19. A desigualdade na distribuição das vacinas a nível global fez com que África tivesse menos de 8% da sua população com a vacinação completa até ao fim do ano. Vários países, como Madagáscar, foram particularmente afetados pela seca, agravada pelas alterações climáticas.

  1. Américas

A região das Américas foi palco de 1.5 milhões de mortes por COVID-19 em 2021, sendo responsável por 45% do número global de óbitos, apesar de corresponder a apenas 13% da população mundial. Por outro lado, a violência contra mulheres e raparigas permaneceu uma preocupação, com as investigações de casos de violência de género (como violência doméstica, violações e feminicídios) a revelarem-se frequentemente inadequadas.

  1. Ásia – Pacífico

Vários países da região Ásia-Pacífico mergulharam numa total crise de direitos humanos durante o ano. A tomada do poder pelos Talibãs no Afeganistão fez retroceder os direitos e liberdades fundamentais das mulheres e raparigas duramente conquistados ao longo dos últimos 20 anos. Na China, centenas de milhares de pessoas de minorias muçulmanas foram submetidas a internamentos em massa e tortura, que constituem crimes contra a humanidade.

  1. Médio Oriente e Norte de África

As autoridades continuaram a deter e prender refugiados e migrantes, muitas vezes sem base jurídica. A Jordânia e o Líbano voltaram a acolher mais de 3 milhões de refugiados da Síria, ainda que milhares sejam deportados ou forçados a regressar ao país de onde fugiram. A impunidade pela violência contra as mulheres, do assédio sexual aos chamados crimes de “honra”, continuou sem qualquer compromisso dos Estados de responsabilizar os seus autores.

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