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Recentemente, foi publicado o ranking das Escolas e, mais uma vez, discordo do que foi apresentado. Porque a análise dos resultados não é feita pelo Ministério da Educação mas sim pela Imprensa!

Dito isto, poderia ficar tudo, ou quase tudo concluído, mas interessa registar algumas notas para ajudar a esta conclusão…

O Ministro da Educação e os principais sindicatos de professores convergiram nas críticas aos rankings das Escolas, com o Ministro João Costa a afirmar que não lhes reconhece “um grande indicador sobre a qualidade do trabalho que se faz nas Escolas.”

Curiosamente, eu tinha acabado de ler uma informação sobre o modo como estão a ser preparados os profissionais do futuro, sobre os conhecimentos e competências dos professores e parecia fácil poder concluir ser fundamental que o professor domine os programas e o modo como os transite aos alunos…

Afinal, parece-me, hoje qualquer um pode ensinar mas o que se ensina exige preparação prévia séria, competente, dedicada e eficaz.

Hoje, se o trabalho for eficaz e isento, será possível constatar que, ao longo dos últimos anos, há muitos indicadores de desempenho nas Escolas que permitem aferir a qualidade de trabalho desenvolvido ao longo do ano. Ao longo dos anos. Hoje, felizmente, é possível avaliar a qualidade do trabalho das Escolas não apenas em função dos resultados absolutos, mas como cada Escola promove o trabalho com os alunos em função do seu perfil…

Paralelamente, o Secretário-Geral da FENPROF, desafiou o Ministro a deixar de fornecer aos órgãos de Comunicação, as informações que dão origem aos Rankings… Porque, penso também, esta tabela de qualificação exibida pelos jornais, compara o incomparável e isso não deveria valer! Porque, se é injusto comparar Escolas públicas é muito mais injusto comparar Escolas públicas com Escolas privadas! Porque não podem ser iguais e não são iguais, aqui há também muitos factores de risco que vão afectar essas classificações. E podem criar-se estigmas para algumas escolas, difíceis de ultrapassar. Seria bom ponderar isso!

Para mim que estudei tanto sobre avaliação, que já escrevi tanto sobre o tema, que me fartei de avaliar alunos e também muitos professores, os rankings não reflectem os trabalhos das escolas e ignoram um conjunto de factores determinantes no desempenho dos alunos. Porque as melhores Escolas não são necessariamente aquelas cujos alunos se saíram melhor no tempo de duração do exame final logo, fazer essa avaliação, desse modo, é perverter tudo e, também “estragar” a verdadeira essência de uma qualquer Escola!

Por tudo o que já disse, eu não concordo mesmo nada com este tipo de ranking das Escolas: Porque não prova tudo o que há para dizer do sucesso ou insucesso de cada uma, pública ou privada… Que se aposte seriamente na formação de professores. Que se motivem os alunos e os docentes para um trabalho conjunto, de rigor, de partilha, de aperfeiçoamento e de busca de valores…


“Eu não concordo mesmo nada com este tipo de ranking das Escolas: Porque não prova tudo o que há para dizer do sucesso ou insucesso de cada uma, pública ou privada…”


Para mim, sempre, tudo tem de começar pela motivação! De todos os que se envolvem seriamente no processo de ensino-aprendizagem. Para mim, ainda, uma aposta sincera e ambiciosa na Escola Pública!

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