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Não ganho nada em dizer o que penso sobre as mais recentes eleições… Também não perco nada em usar a minha sinceridade sobre o que foi possível observar nos dias, tantos, que precederam o acto eleitoral. O que aconteceu já era previsível, logo, não adianta nada, hoje, dizer o que me pareceu mais justo ou mais oportuno para o Concelho onde quiseram que eu nascesse…

Foi quase tudo horrível, parece-me! Uma enorme arrogância, uma agressividade imensa por parte de alguns candidatos que não estavam, ou não estão, aptos a ganhar ou a perder eleições… Misturou-se tudo, valeu quase tudo e o que deveria ter sido discutido ficou longe de ser conseguido! De tudo, de tanto barulho, de tanto atropelo, de tanta agressão provocada pelo exagero das imagens, o culto feroz da imagem, ficou quase nada, ou um passo gigante, bem distanciado do que seria de esperar.

Tantas palavras que não disseram nada, quase nada, para o que seria oportuno discutir. Não houve ideias, não houve planos concretos e definidos para os que gostariam de saber com o que poderiam contar. Ideologias, nada! Partidos políticos? Nem por isso…

Disto tudo e que não foi quase nada, misturou-se quase tudo e o todo foi pouco, muito pouco, para os que precisariam de ficar a saber mais.

Bem sei que a democracia também permite quase tudo mas seria bom que as pessoas, a maioria das pessoas, soubessem por que votam, em quem votam e, sobretudo, se essas pessoas, todos ou quase todos os candidatos, representam a ideologia de cada um dos partidos que defendem. Dos debates fracos que tive a oportunidade de seguir, ficou-me a imagem, também triste, dos nomes que encabeçaram listas que não dizem quase nada e que são a imagem real da gente que não vale quase nada, que não sabe, que não diz nada, que mal se aguenta de pé! Senti vergonha algumas vezes quando, algumas vezes, quiseram apostar em gente bonita, bem vestida e bem orientada para aparentar ser gente capaz de argumentar e de fingir estar dentro de todos os assuntos! Muito pouco, afinal!

Dou conta que a nova vaga de políticos ou o que quer que sejam, não sabe bem porque o é ou não diz quais são as linhas programáticas que defendem! Não é o facto de gritar mais alto que dá a razão! Não é a amizade que serve para justificar lugares ou posições que alguns, os mais espertos, sabem defender!

A democracia local é muito mais do que a eleição periódica de câmaras municipais, juntas de freguesia e respectivos presidentes. É também muito mais do que a expressão da vontade das maiorias. Não é fácil aceitar que os resultados das eleições locais são os mais justos ou os mais previsíveis. Nada disso! Uma qualquer transmissão deixou à vista o resultado do que é um grupo de candidatos a uma Junta de uma qualquer autarquia: Não há ideias, não há propostas, não há uma imagem tranquila do que é ou do que foi possível constatar: O que é uma Junta de Freguesia? O que é um Partido Político? O que é a Democracia? O que é o Poder Local?

Afinal, tudo tão pobre e tão triste! Fica-nos a certeza de saber que, através das eleições, também é possível chegar a resultados que não dizem quase nada… Desta vez, mostrou-se muito pouco e não se provou quase nada…

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