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Nos últimos dias, o Partido Social Democrata (PSD) de Paços de Ferreira espalhou cartazes em várias freguesias do concelho, com mensagens críticas, com algum sarcasmo à mistura, ao trabalho do executivo municipal, liderado pelo socialista Humberto Brito.

“Adivinha quem consegue gastar meio milhão € em festas, mas não ajuda os jovens nas propinas. Olarilólé olarilolé adivinha lá quem é.” e “Adivinha o próximo Presidente de Junta PS a ter um tacho na Câmara.”, são algumas das mensagens publicadas nos cartazes do PSD de Paços de Ferreira, que foram afixados pelo concelho e que provocaram uma reação em alguns elementos do PSD local.

“Iniciou hoje no concelho a disputa entre o PSD e o CHEGA para ver quem consegue ser o partido mais RELES! Acredito que será uma luta renhida!”, escreveu Humberto Brito, o presidente a Câmara Municipal de Paços de Ferreira, nas sua página da rede social Facebook.

Também o vereador Júlio Morais reagiu através do mesmo meio, dizendo saber, assim como o executivo que integra, “que um político deve estar preparado para quase tudo, a quase toda hora”, mas que “o cenário com que despertamos hoje é, muito claramente, um daqueles que não é coberto por esse “quase””.

Afirmando que “as ações ficam com quem as pratica”, classificou de “desonroso e de má-fé este tipo de atitudes”, tomadas por quem “não parece olhar a meios para chegar ao seu fim e que não demonstra qualquer tipo de preocupação pela verdade, pela coerência e pelos valores em que a democracia assenta”.

Disse ainda que recebeu mensagens de apoio de “pessoas que tornaram o Partido Social-Democrata um partido respeitado, histórico e determinante na história democrática do nosso concelho e do nosso país” e que percebeu que “estas não são as ações dos verdadeiros social-democratas que todos crescemos a respeitar (ainda que nem sempre com eles concordando, naturalmente) mas sim as ações de desespero de uma representação muito triste e decadente do que ele é neste momento no nosso concelho”.

 

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Ao Jornal IMEDIATO, Alexandre Costa, presidente da Comissão Política do PSD de Paços de Ferreira, referiu que esta campanha – assumida pelo PSD e com um QRCode que fundamenta cada mensagem que o outdoor quer transmitir – visa “alertar, com algum humor, para a normalização de opções com as quais o PSD não concorda”, nomeadamente “quanto ao facto de quase metade dos presidentes de junta serem assessores na Câmara, o que não dignifica o serviço público ou o investimento de cinco milhões de euros que foi deita na ETAR e ela não funciona”, exemplificou. “Mas também não é normal esta política que tem havido em relação a festas e eventos, sem calendarização. Somos a favor da organização de eventos, mas não pode atingir estes patamares quando há outras necessidades, nomeadamente apoiar os jovens no pagamento das propinas”, acrescentou.

 

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