Arranca concurso para prospeção de lítio na região A área «Seixoso-Vieiros» foi uma das aprovadas. Tem 144 quilómetros quadrados e abrange zonas de seis concelhos

O Governo anunciou esta quarta-feira que seis áreas no país reúnem condições para avançar com a prospeção e pesquisa de lítio. Uma destas zonas – designada «Seixoso-Vieiros» – engloba uma área de 144,215 quilómetros quadrados entre os concelhos de Felgueiras, Amarante, Fafe, Celorico de Basto, Guimarães e Mondim de Basto.

Segundo avançou o Ministério do Ambiente e da Ação Climática, durante os próximos 60 dias está aberto o concurso para atribuir direitos às empresas para a fase de prospeção, que pode decorrer durante cinco anos, no máximo. Apenas após este estudo e a realização de uma Avaliação de Impacto Ambiental vai ser possível iniciar a exploração de lítio.

A Avaliação Ambiental Estratégica da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) reduziu de oito para seis as áreas com potencial de existência de lítio devido a “restrições ambientais” na Serra D’Arga, no Alto Minho, e Segura, entre ldanha-a-Nova e Castelo Branco.

Esta nova avaliação levou ainda, entre as localizações aprovadas, a uma redução da área inicial para cerca de metade devido à existência de zonas de “maior densidade urbana, funcional e demográfica”.

No caso do «Seixoso-Vieiros», que inclui terrenos situados nos concelhos de Felgueiras e Amarante, a área disponível para prospeção de lítio foi reduzida de 243,7 quilómetros quadrados para 144,215, um corte de cerca de 40,82%.

Já em 2019, duas empresas tinham manifestado interesse na atribuição de direitos de prospeção e pesquisa e de exploração de depósitos minerais de lítio nesta zona. “Cerca de 80,65 km2 [da área «Seixoso-Vieiros»] (…) possuem potencial para albergar filões mineralizados em lítio. Esse valor é equivalente a aproximadamente 33% da área total”, estima o relatório de avaliação.

Consulte a tabela e descubra mais sobre os projetos analisados na Avaliação Ambiental Estratégica.