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Em apenas meio mês de estado de emergência, a pandemia de Covid-19 causou uma quebra de cerca de 25% nas exportações de vestuário em março, comparando com o ano passado.

Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgados pela Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confecção (ANIVEC), em março o setor têxtil apenas exportou 215,2 milhões de euros, menos 66 milhões de euros comparando com o mesmo período de 2019.

“Estes números mostram já os desafios que a indústria de vestuário e os seus empresários terão de enfrentar e as quedas irão repetir-se nos próximos meses», defendeu César Araújo, presidente da ANIVEC, citado em comunicado.

Para o representante das empresas do setor, são necessários mais apoios do Governo para “garantir a retoma” e a indústria “vai ter de se adaptar e reinventar para sobreviver”.

De acordo com os dados divulgados, entre os dez principais clientes do vestuário português a queda mais abrupta de procura veio de Espanha, o “maior mercado externo do vestuário português”, com menos 33,4%.

O choque da pandemia também se fez sentir bastante nos negócios com o Reino Unido, que caíram 29,2%, bem como com a França e Itália, com quedas na ordem dos 27,1% e 14,2%, respetivamente.

Por outro lado, as exportações para os Estados Unidos e Suécia aumentaram significativamente (41,5% e 25,9%), “ainda não refletindo a crise provocada pela pandemia”.

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