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A Comissão Política do PSD de Penafiel reuniu com o presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS) com o objetivo de avaliar a conjuntura atual da capacidade de resposta do CHTS em contexto de urgência e os desenvolvimentos com vista à constituição da Unidade Local de Saúde (ULS) do Tâmega e Sousa.

Segundo Alberto Santos, presidente do PSD de Penafiel, uma das grandes preocupações que levaram a Carlos Alberto Silva, presidente do Conselho de Administração do CHTS, prende-se com as dificuldades que o hospital e os hospitais do país estão a ter no que diz respeito às urgências, com urgências que já estão fechadas, caso da Obstetrícia e prevendo-se o encerramento de outras, caso da Urgência Pediátrica e outras que estão muito condicionadas”, referiu o líder da concelhia penafidelense, acrescentando que foram “procurar perceber o que está a acontecer”, e “deixar uma mensagem ao Governo, no sentido de se encontrar uma solução para o caos que se vive no nosso país e na nossa região”. Contudo, esta mensagem que queriam deixar ao Governo acabou por não ser enviada, visto terem sido “surpreendidos” com as notícias do pedido de demissão de António Costa e com o futuro do Governo, que aconteceu no momento em que estavam a ter a reunião. “Esperamos que o que possa vir a acontecer com o Governo também traga boas notícias para o campo da saúde”, referiu Alberto Santos.

As listas de espera na cirurgia de Ortopedia e os atrasos nas consultas, assim como a criação da ULS foram outros temas abordados na reunião. No que respeita a esta nova unidade, Alberto Santos mostrou-se preocupado com os recursos financeiros e nível de investimento e de receitas que lhe serão alocados e pediu o mesmo tratamento que está a ser dado a outros territórios relativamente a esta questão.

“Se receber apenas os 300 milhões que atualmente recebe, 150 milhões do CHTS e 50 milhões por cada um dos três ACES’s, ela continuará muito deficitária, comparativamente com as restantes ULS’s do país, que recebem uma média próxima de 1000 euros por cada habitante. Se ficarmos por estes 300 milhões, a nossa região vai receber apenas 631 euros por habitante, uma diferença abismal”, referiu, acrescentando que esta ULS precisa de mais de 200 milhões de dotação financeira para “poder estar, competir, ao mesmo nível das outras do país”.

E isto, “depende do Governo que estiver em funções, que terá que colocar essa verba no Orçamento de Estado, mas também depende das forças políticas e das instituições da região, de se unirem a uma só voz numa exigência clara ao Governo, de dizermos que os portugueses que vivem na região, uma região já de si desfavorecida, têm o mesmo direito a ter recursos na área da saúde que têm os das outras regiões do país”, desafiou.

Outra das questões que passaram ao Conselho de Administração do CHTS prende-se com as instalações e equipamentos. “Estas instalações já não respondem às necessidades e à demanda que esta unidade tem e é necessário aumentar as instalações, criar mais blocos, mas salas de consulta, equipamentos mais modernos, há projeto já desenhado e previsto, que está no plano de investimentos do hospital, mas nós não queremos que esteja no plano de investimentos, queremos que passe para a prática”, concluiu o presidente do PSD de Penafiel.

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