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O Partido Socialista de Paços de Ferreira votou contra a proposta de transmissão em direto, por via radiofónica e através das redes sociais, das sessões da Assembleia Municipal, apresentada mais uma vez pelos social-democratas pacenses na última reunião daquele órgão. O PSD acusa a oposição de querer “esconder” o que se passa nas reuniões e os socialistas dizem que a questão deve ser prevista na revisão do regimento da Assembleia Municipal.

Depois de já ter apresentado a proposta o ano passado, o PSD de Paços de Ferreira, pela voz da deputada Joana Araújo, voltou a levar o tema à discussão, na última reunião da Assembleia Municipal, realizada no passado dia 29 de setembro. Com base numa lei publicada a 28 de junho, que obriga a que as sessões sejam gravadas e colocadas on line no site da Câmara Municipal, Joana Araújo defendeu que esta transmissão em direto, proposta pelo PSD, “permitirá melhor acesso dos eleitores à informação sobre os assuntos mais relevantes do concelho, com uma maior participação democrática dos cidadãos na vida política de Paços de Ferreira”. Segundo a proposta da bancada social-democrata, esta transmissão seria feita em direto, via radiofónica e através das redes sociais, através dos órgãos de comunicação social e das plataformas do município.

Foi Hugo Lopes o primeiro a explicar a posição do Partido Socialista, que votou contra em 2019 por entender que não tinha enquadramento legal. Salientou ainda a confiança que a bancada deposita na comunicação social, na transmissão do que acontece durante a sessão. Por fim, propôs que a mesma seja discutida “em sede de revisão do regimento da Assembleia”, que é feita pelas duas bancadas.

Joana Araújo não aceitou e acusou Hugo Lopes de estar a dar uma desculpa ao dizer que o regimento não aceita. Também Miguel Martins afirmou que “a lei sobrepõe-se ao regimento” e acusou o PS de estar a tomar “uma opção política” ao chumbar a proposta. “O PSD considera que a melhor forma dos nossos cidadãos ficarem a saber o que se passa nesta casa é a transmissão em direto. Não é falta de meios, é falta de vontade política e o PS não quer que se saiba o que se passa aqui”, frisou.

Hugo Lopes considerou “absurdo” o facto do PSD querer dar a entender que o PS quer esconder o que se passa nas sessões e acrescentou que apesar da lei o prever, têm de ser garantida a equidade de acesso aos cidadãos.

Miguel Martins insistiu que no regimento “não existe nada que impeça a transmissão e apontou dois caminhos. “Ou o PS aceita ou não aceita porque… e aí tem de arranjar um motivo plausível e não arranjar subterfúgios”, rematou.

A proposta acabou por ser chumbada, com 17 votas contra da bancada do PS, três abstenções, também da bancada socialista e 13 votos a favor do PSD.

Esta quarta-feira, o PSD de Paços de Ferreira enviou um comunicado às redações, apresentando-se “perplexo quanto aos motivos que conduziram a bancada socialista a inibir o acesso da comunidade às transmissões em direto daquilo que se debate na casa da democracia concelhia”.

“Pretendíamos com esta proposta (pela terceira vez!), que os nossos concidadãos tivessem acesso à casa da democracia, podendo desse modo, assistir ao debate político que ali acontece. Era só isso! Dar liberdade aos pacenses de assistirem, através das novas tecnologias, em direto ao que ali é discutido sobre o presente e futuro da nossa terra. O PS não quis dar essa liberdade aos nossos conterrâneos (pela terceira vez!)”, concluiu.

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