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A cidade de Lordelo, em Paredes, comemorou na quarta-feira 17 anos desde a sua elevação. O IMEDIATO esteve à conversa com Nuno Serra, presidente da Junta de Freguesia, que falou das celebrações, da evolução que a cidade tem sofrido – e do que ainda há para melhorar.

“A celebração foi a mais simples possível, apenas com o hasteamento das bandeiras. Normalmente temos uma cerimónia, onde prestamos homenagem às instituições e figuras da terra, mas este ano achamos melhor não realizar”, explicou o autarca de freguesia ao IMEDIATO.

Contudo, recorrendo às redes sociais, foi possível assinalar a data e envolver a comunidade lordelense atrás dos dispositivos – e da objetiva – com um concurso de fotografia sobre a cidade. “Estamos a escrever um livro sobre Lordelo, então também foi uma forma de obter imagens para o ilustrar”, contou Nuno Serra.

Olhando em retrospetiva, o presidente da Junta de Freguesia falou com orgulho da “enorme evolução” que a cidade tem sofrido, ao ganhar bastantes infraestruturas, como pavilhões, piscinas e serviços.

Contudo, estão ainda planeados vários projetos, dos quais se destaca, para Nuno Serra, a requalificação do mercado antigo junto à sede da Junta: “a menina dos seus olhos”.

“É um edifício histórico, mas está degradado. Temos aqui uma oportunidade de estimular o comércio local e criar um ponto de encontro para os mais jovens, é uma obra bastante significativa e o projeto já foi entregue à Câmara Municipal de Paredes”, adiantou ao IMEDIATO.

Pontos críticos são “descargas poluentes” no Rio Ferreira e “fraca rede de transportes”

Mas, ainda que a cidade de Lordelo tenha sofrido uma grande alteração no sentido positivo, existem, para Nuno Serra, dois pontos críticos que a afetam: as “descargas poluentes da ETAR de Paços de Ferreira no rio” e a “fraca” rede de transportes.

No primeiro caso, o presidente da Junta de Freguesia considera a situação extremamente “desagradável”, ao prejudicar o ambiente e a qualidade de vida dos lordelenses há anos.

“Andamos há anos à procura de uma solução, que parece ser sempre empurrada. Agora a ETAR está à espera de uma peça da Áustria, mas será que antes da pandemia não podia ter sido colocada”, questionou o autarca de freguesia.

Por outro lado, aos seus olhos, a cidade carece “de uma rede de transportes de qualidade”, considerando que a concessão atribuída à Auto Viação Pacense não é a melhor solução para a população.

“Estamos na Área Metropolitana do Porto, e os serviços da STCP vão até Sobrado. Podiam ser estendidos por meia dúzia de quilómetros e chegavam a Lordelo, com 12.000 habitantes, em vez de pararem em Sobrado, com cerca de 1.000. As empresas de transportes certamente gostavam dessa solução”, considerou.

Contudo, ainda que a ideia seja “completamente exequível na prática”, é teoricamente “muito difícil”, porque “é preciso vontade política”. “É uma situação ridícula”, rematou.

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