Vaca-Loura
Fotografia: IMEDIATO/Ricardo Rodrigues

O 3º fim de semana da vaca-loura trouxe seis iniciativas à região do Vale do Sousa, nos concelhos de Paços de Ferreira, Lousada e Paredes. Esta foi a segunda vez em que o projeto tomou lugar no município pacense, com duas iniciativas que visaram a procura da espécie, o maior escaravelho que se pode encontrar em Portugal.

Divididas por dias e localizações diferentes, as atividades pacenses realizaram-se em Ferreira, na antiga vacaria de Ferreira, e numa zona florestal perto do Parque Urbano de Paços de Ferreira. Este ano, o evento foi organizado pelo grupo Reconecta, que junta jovens que partilham o gosto pela preservação ambiental.

Ao IMEDIATO, um dos monitores das atividades no concelho, João Leal, relatou como decorreu o evento nos dois dias. “Este ano decidimos ser um pouco mais ambiciosos e em vez de uma, fazer duas atividades. A primeira decorreu na antiga vacaria de Ferreira, a localização da atividade do ano passado, e foram avistados alguns animais, apesar de que vacas-louras não encontramos nenhuma, a não ser restos mortais”, contou.

Apesar de não ter sido avistada nenhuma vaca-loura, os participantes puderam observar outros animais, como ouriços caxeiros, rãs ou aves. Já o segundo dia de evento realizou-se no Parque Urbano de Paços de Ferreira e contou com a participação de 16 pessoas, onde mais uma vez não foi possível encontrar nenhuma vaca-loura.

Mesmo sem avistamentos de vacas-louras, João Leal viu com bons olhos a segunda edição do evento no concelho, em que a adesão “foi bastante mais relevante”, com um total de 27 participantes nas duas ações que aconteceram a 28 e 29 de maio.

“No ano passado fui o único a organizar a atividade, este ano, como Reconecta, numa espécie de parceria entre a BioLiving e a nossa organização, eu a Fedra Santos, organizamos estas atividades. E como é claro, tendo duas pessoas foi mais fácil organizar em dois locais diferentes as atividades, podendo assim dar a oportunidade à participação de mais pessoas”, disse ao IMEDIATO.

A nível nacional, esta foi a terceira edição do fim-de-semana da vaca-loura, que tem como objetivo principal monotonizar a população para a existência destes escaravelhos em Portugal. “Estes são projetos que tentam sensibilizar para a proteção ambiental, incutir mais curiosidade dando ferramentas”, afirma João Leal.

O jovem deu como exemplo a aplicação iNaturalist, que permite fotografar qualquer espécie, desde um inseto, uma planta a uma árvore, oferecendo uma lista de possíveis espécies. Depois, o utilizador pode comparar a fotografia que tirou com a base de dados apresentada e escolher a que mais se adequa.

“Esta é uma aplicação que permite compilar registos de várias espécies e ter uma espécie de radiografia da biodiversidade de um pais ou de uma região. Esta é uma aplicação que juntou várias plataformas europeias para conseguir consagrar todas as informações em uma só base de dados mundial”, explicou o monitor do projeto João Leal.

De 28 a 30 de maio, o 3º fim de semana da vaca-loura percorreu vários concelhos do país com 24 atividades, que reuniram 244 participantes, liderados por 37 monitores para observarem um total de 179 avistamentos de vaca-loura.

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