Autor de: "eu" "Objetivo" "Eleito" "56" "Amarante" "Placa" "Fechado" "Crianças" "Radiante"; Pingo-Doce" "Obrigado" "Abragão"; "Droga", "Ciclistas"; "Calçada", “Isto é próprio de um país saloio(…)”,"Green” blá, blá, blá. “Clean”, blá, blá. “Healthy”, Blá blá, blá blá…

É este o nosso lugar no “ranking” da felicidade (2021).

E será que uma destas classificação nos deixa entre os felizes ou entre os infelizes?

Somos de facto um país de fado? Ou seremos um país de “vinho e mulheres” como disse um alto político holandês?

Não vimos (ou ouvimos) nos meios de comunicação grandes referências a este “ranking”. Porque será? Será que os meios de comunicação têm uma quota-parte significativa na nossa felicidade (ou infelicidade)? O que fazem os meios de comunicação para nos ajudar a sermos mais felizes? Bem, mas não é seguramente sobre os meios de comunicação que me vou debruçar… pelo menos por agora, nesta primeira abordagem ao tema.

Sem pensar muito, e sem qualquer rigor de um trabalho estatístico, coloco-me a questão: Onde, ou quando, me sinto mais infeliz? Contribuem para a minha infelicidade, nesta análise, a total desproporcionalidade entre mim (consumidor) e a entidade (fornecedor) a que me dirijo. Na minha relação com o mundo prático que me rodeia a entidade perante a qual me sinto mais revoltado é a EDP… Esta entidade tem sempre uma postura pouco construtíva (pelo menos comigo e o defeito será, quase de certeza, meu) quando me dirijo a “ela” porque tenho necessidade para tal (claro que só me dirijo a uma entidade como esta por pura necessidade). Sim, eu sei que tenho vários “comercializadores” disponíveis no mercado português… mas o meu maior problema não está na comercialização (embora também esteja)… mas na do fornecimento (ou instalação de equipamentos) e, que eu saiba, em Portugal não há concorrência… não posso escolher a empresa B para me ligar uma casa à rede de distribuição de energia… Posso até contratar o “comercializador” GALP mas este vai recorrer à E-redes (penso que se escreve assim) para fazer a ligação à rede. Só resolvi um assunto, a que reconheço o grau de dificuldade, escrevendo sucessivamente no Livro de Reclamações. A EDP nunca encontrou um profissional, além do simpático e paciente atendimento do pessoal dos balcões, para colocar do outro lado da secretária, para ouvir, com atenção, qual era o meu problema, e, conversando, procurarmos encontrar, com algum consenso, uma solução.

Uma das vezes que pedi a instalação de um “contador” de fornecimento tive que o instalar com as condições que me foram exigidas, não interessa se afeta ou não afeta a estética turística (e pelo que vemos por aí este é o tema para o qual se estão mais a “borrifar”) do edifício, não interessa se haveria soluções próximas que seriam muito mais económicas para mim, não interessa se a rachadela na tampa é minúscula e que posso colocar um pouco de cola… nada interessa para além do que está pré definido. É por ali ou nada! E porquê? Como é caro (para eles, os super poderosos) deixaram de ter quem faça, regularmente, a leitura da “luz,” porta-a-porta… Eu sei que tenho “milhentas” alternativas… mas o que me inibe de preferir que a leitura seja feita por alguém da empresa que comercializa? Afinal fui obrigado a abrir um rombo na parede de granito para que o contador ficasse à vista de todos (mesmo daqueles que nada têm a ver com o minha vida, se gasto muita ou pouca eletricidade). Depois não vêm fazer a leitura um, dois, três,… meses e de repente a minha fatura passa de 50 para 170€… e agora? Eles não fazem a leitura e eu é que tenho, “sem saber ler nem escrever” que estar preparado para pagar uma fatura três ou quatro vezes acima do habitual. Claro que a culpa é minha e que tenho de compreender que a EDP não se pode dar ao luxo de ter alguém a ler contadores porta-a-porta, todos os meses.

Sim tenho sempre a possibilidade de recorrer ao Regulador… mesmo que já saiba que o Regulador lamenta  mas o máximo que pode fazer é informar-me que tenho à minha disposição um Tribunal Arbitral…

Mas quem mais lamenta, a bom lamentar, por não ter uns governantes atentos à felicidade (neste caso, infelicidade) sou eu, e sou eu quem os elege… De facto somos nós que elegemos quem faz as Leis… Mas quem elegemos é a nossa escolha acertada? Aqueles que elegemos produzem Leis que nos protegem ou Leis que protegem aqueles que já são tão desproporcionalmente  mais providos de meios de defesa? É a vida… Lá os voltaremos a eleger!

O Fado!… O Vinho!… As Mulheres!…

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