Modelo Opiniao

Nesta sexta-feira, dia 8 de março, celebramos o Dia Internacional da Mulher. Mais do que uma desculpa para dar e receber flores e chocolates, a data é uma oportunidade para discutirmos a saúde da mulher.

O cancro do colo do útero é, na Europa, a sexta neoplasia mais frequente na mulher. Afeta sobretudo mulheres jovens, com a generalidade dos casos a serem diagnosticados entre os 35 e os 50 anos, e é causado por uma infeção crónica pelo Vírus do Papiloma Humano (HPV).

Apesar de ser uma doença que pode ser curada se for detetada e tratada precocemente, em 2020 o cancro do colo do útero foi responsável por 203 mortes em Portugal.

O HPV é um vírus que infeta a maioria das pessoas e tem diferentes subtipos: alguns infetam a pele e são responsáveis pelo aparecimento das verrugas comuns, outros são sexualmente transmissíveis e provocam lesões do colo do útero, vagina, vulva, pénis, ânus, língua ou garganta. Geralmente o nosso sistema imune consegue eliminar o HPV, sem que existam sintomas ou consequências a longo prazo. Mas, quando o corpo não consegue combater a infeção, o vírus provoca alterações nas células que, anos mais tarde, podem levar ao aparecimento de neoplasias.

A primeira linha de proteção contra a doença é a vacina contra o HPV, que em Portugal está incluída no Programa Nacional de Vacinação aos 10 anos, para raparigas e rapazes. A vacina está recomendada até aos 26 anos de idade.

O rastreio do cancro do colo do útero tem o objetivo de detetar alterações em mulheres ainda sem sintomas. É efetuado gratuitamente, de 5 em 5 anos, nos centros de saúde, a mulheres entre os 25 e os 65 anos de idade. Consiste na colheita de células da superfície do colo do útero, o conhecido teste de Papanicolau, desenvolvido pelo médico Georgios Papanicolau. Pode ser desconfortável, mas geralmente é indolor, e permite a pesquisa do HPV e de células suspeitas, para se iniciar tratamento o mais precocemente possível, em caso de necessidade.

A Região Norte tem a maior taxa do país de mulheres com o rastreio atualizado, ainda assim, é de apenas 58,48%. Portanto, se é mulher e tem entre 25 e 65 anos, informe-se junto do seu centro de saúde.

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