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Há uma semana, estavam a ser feitos os últimos arranjos para uma noite de bombos – e umas Sebastianas – diferentes do comum em Freamunde. O IMEDIATO esteve à conversa com Ricardo Carvalho, presidente da Comissão das Sebastianas, que contou como funcionaram as festividades.

“Dentro daquilo que foram as contingências provocadas pelo vírus, com constantes avanços e recuos nas possibilidades de organização, com as decisões finais do tipo de eventos possíveis, julgamos que correu bastante bem”, começou por afirmar o responsável.

Para o mesmo, nenhuma outra romaria da região conseguiu envolver a comunidade da mesma forma que as Sebastianas conseguiram: “Numa ou outra cidade tinham andado pelas ruas com o seu santo padroeiro, mas nada mais que isso. Mesmo no S. João e o S. António foram com cada um a festejar à sua maneira a partir de casa”, contou.

E, para Ricardo Carvalho, os freamundenses, bem como “muita outra gente que ama as Sebastianas” acompanharam as iniciativas criadas e participaram com entusiasmo.

“Os Freamundenses são apaixonados pelas Sebastianas, e como tal não esperávamos outra coisa. A forma como preparamos as diversas atividades, sempre a pensar primeiro na segurança, fez com que a adesão fosse enorme”, partilhou o presidente da Comissão das Sebastianas com o IMEDIATO.

Espetáculo pirotécnico foi momento “único”

Para Ricardo Carvalho, um dos melhores momentos das festividades adaptadas aconteceu na segunda-feira, com o derradeiro espetáculo pirotécnico, que também aconteceu de forma diferente para evitar ajuntamentos.

Para não perder o icónico momento e envolver a gente da terra, os membros da comissão tiveram a ideia de disponibilizar caixas de fogo à população que, à hora marcada, foram disparadas em simultâneo.

Contudo, nesta altura crítica a nível de incêndios, não existiram riscos, contou o presidente da Comissão das Sebastianas ao IMEDIATO, sendo que houve “parecer favorável dos bombeiros para o lançamento” e “confiança absoluta na responsabilidade e consciência dos freamundenses”.

Foi um momento único. Foi absolutamente maravilhoso, inexplicável, que não consigo traduzir totalmente por palavras. Foram sentimentos de união, orgulho, vaidade… Aqueles 20 segundos foram a maior demonstração do que é ser Freamundense que alguma vez assisti”, disse, com orgulho, Ricardo Carvalho.

Ao longo dos quatro dias de festa diferentes, aconteceram outras iniciativas que marcaram pela originalidade, como o trio elétrico, que “levou as sebastianas às pessoas” com atuações de dj’s e do artista Rúben Aguiar.

As festividades também foram marcadas por um forte contingente policial presente durante o fim de semana que “não se justificou de todo, porque o povo de Freamunde é exemplo em tudo” e compreendeu o conceito. “As sebastianas não são uma simples romaria, são uma das maiores festas do país e atraem gentes de todo o lado, a preocupação da GNR foi legítima”, reconheceu.

Assim, do ponto de vista sanitário, Ricardo Carvalho considerou que “as Sebastianas #emcasa foram um absoluto sucesso” e mantiveram o espírito aceso em tempos de pandemia e de más notícias.

 

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