Partido Socialista

 

O Partido Socialista (PS) de Paços de Ferreira tem vivido momentos de grande tensão. Depois da presidente da Comissão Política da concelhia ter proposto, em reunião, a recondução de todos os elementos que fizeram parte das listas nas eleições de 2017, os militantes pediram a sua demissão, levando a Federação Distrital a intervir e criar uma Comissão para assumir o processo eleitoral.

O anúncio de que a Comissão Política concelhia apoiava a recondução de todos os eleitos em 2017 não agradou aos eleitos do (Partido Socialista) na Câmara Municipal e Assembleia Municipal e aos presidentes de junta, que enviaram uma carta à distrital onde pediam ao Presidente da Federação que avocasse o processo autárquico em Paços de Ferreira. Na missiva, acusam Armanda Fernandez de andar a promover reuniões e a levar a cabo diligências que destruirão o projeto autárquico iniciado em 2013, assim como de impor nomes para os vários órgãos que irão disputar o próximo combate autárquico, procurando interromper a continuidade de um projeto que valeu ao partido 65 por cento dos votos nas autárquicas de 2017.

Agora, também os militantes se manifestaram contra a presidente da concelhia e enviaram uma carta ao Presidente da Federação distrital, a pedir a sua demissão e dos respetivos órgãos e que seja convocado novo processo eleitoral. A carta, assinada por mais de 170 militantes (ou seja, cerca de 80% dos militantes do concelho), fundamenta-se na instabilidade interna, assim como na falta de liderança e de um projeto para o crescimento do partido.

Federação Distrital do Partido Socialista cria Comissão Técnica

Após a receção das cartas dos socialistas de Paços de Ferreira e de reuniões com os intervenientes, a Federação Distrital do Partido Socialista assumiu o processo e vai criar uma Comissão Técnica Eleitoral, que será coordenada por si e contará com dois elementos da Comissão Política concelhia do PS de Paços e dois elementos dos autarcas eleitos.

“Acho que chegamos a um entendimento. O processo está bem encaminhado, encontramos uma solução”, frisou ao Jornal IMEDIATO Manuel Pizarro, reconhecendo os conflitos existentes, mas acreditando não serem inultrapassáveis. “Não existem divergências insanáveis, assim como não acho que seja impossível reunir uma solução”, referiu, destacando “o consenso” existente na recondução do candidato à Câmara Humberto Brito. “Há dificuldades de relacionamento pessoal manifestas, mas não há divergências na questão política, visto estarem de acordo quanto ao candidato”, frisou.

“Mas tenho que respeitar a opinião de cada pessoa e de cada militante e, ao mesmo tempo respeitar aos estatutos, tendo em vista o essencial: criar condições para que projeto autárquico do Partido Socialista em Paços de Ferreira possa prosseguir com o sucesso autárquico que tem tido nos últimos anos”, rematou Manuel Pizarro.

Presidente da concelhia aprova criação de Comissão

Contactada pelo IMEDIATO, Armanda Fernandez confirmou ter tido conhecimento da carta que foi enviada à distrital e que foi discutida em Secretariado, acrescentando que foi decidida a criação de uma Comissão Técnica Eleitoral, decisão que mereceu a sua aprovação.

Quanto às acusações que lhe são feitas na missiva, a presidente da concelhia socialista manifestou-se “descontente” com as mesmas, negando que tenha tomado atitudes que pudessem prejudicar a estrutura ou o projeto autárquico, e muito menos, o partido.

Referiu ainda que sempre manifestou a sua disponibilidade, para a negociação e conversação do processo autárquico. “A organização e orientação do processo autárquico é uma das nossas competências e sempre me mostrei disponível para o entendimento”.

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