RUI COSTA

Rui Costa, presidente do Sport Lisboa e Benfica, esteve ontem Paredes, naquela que foi a sua primeira ação de campanha, depois de ter anunciado a sua recandidatura à direção do clube encarnado, sob o lema “Só o Benfica Importa”.

Num jantar que assinalou o 26.º aniversário da Casa do Benfica de Paredes – “o Marquês do Norte” – e que reuniu cerca de três centenas de pessoas, foi aos adeptos que dirigiu as primeiras palavras, com “humildade”, reconhecendo os poucos títulos conquistados durante o seu mandato. “Quatro títulos no futebol é pouco”, referiu, assegurando não foge das responsabilidades. “É uma tristeza para mim não ter conseguido mais títulos, ninguém sofre mais do que eu por isso”, acrescentou.

Recordando a última época, Rui Costa destacou a competitividade das equipas, o caminho percorrido e as conquistas alcançadas. Falou da formação, que conquistou oito dos 12 títulos disputados, das vitórias na Youth Ligue e na Intercontinental, assim como o pentacampeonato conquistado pela equipa feminina. Recordou ainda o reforço do investimento nas modalidades, assim como nas Casas do Benfica e nas infraestruturas do clube, com o aumento da capacidade do estádio para os 70 mil lugares e com os olhos postos nos 80 mil. Assegurou ainda que continuará a apostar no “projeto pilar”, o Benfica District, que será “um novo polo para a formação” e que quer aumentar o número de sócios, tendo como meta os 500 mil, mais 100 mil dos atuais.

Falando de contas, Rui Costa negou que a situação financeira do Benfica seja “problemática”. “Se ela estivesse problemática, não apareciam seis candidatos”, referiu, reconhecendo que a dívida líquida aumentou nos primeiros anos de mandato, mas “já está em fase de descida”, com um aumento de 5% dos custos operacionais e de 10.8 % nas receitas, passando de 160 milhões para 230. “É um mandato que termina com um resultado positivo de 34.4 milhões de euros, que acaba sem nenhum problema com atletas, funcionários, clubes”, assegurou.

Rui Costa disse ainda que não é “um benfiquista de ocasião” e que não colocaria o clube “em perigo, ou instável financeiramente” e debruçou-se sobre o futuro do clube que assumiu há quatro anos, “da noite para o dia”, talvez no período mais controverso da história do clube”, e deixou as linhas mestras do seu projeto.

A estabilidade, assegurou, será “um foco”, assim como aumentar a receita para 500 milhões de euros e continuar a aposta na formação em todas as modalidades e desenvolver o projeto Benfica District”. “Estarei cá forte, sempre com a mesma paixão, privilegiando uma estabilidade financeira, que nunca será abalada comigo”, concluiu.

Recorde-se que Rui Costa foi eleito Presidente do SL Benfica, em 2021, depois de vencer as eleições do clube com um total de 84,4% dos votos, sucedendo a Luís Filipe Vieira que agora se volta a recandidatar.

Naquelas que foram as eleições mais concorridas de sempre do emblema encarnado, Rui Costa superou a concorrência de Francisco Benítez. Agora, o presidente recandidata-se ao cargo, tendo como adversários com João Diogo Manteigas, João Noronha Lopes, Martim Mayer, Cristóvão Carvalho e Luís Filipe Vieira, que foi presidente do durante 18 anos. As eleições acontecem no próximo dia 25 de outubro.

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