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Fotografia: Mónica Ferreira

 

O PSD de Paços de Ferreira emitiu, esta sexta-feira, um comunicado lançando críticas ao facto de terem sido “barrados” cidadãos à entrada para a Assembleia Municipal. Miguel Costa, presidente do órgão, justificou que as regras sanitárias foram apertadas porque a Câmara Municipal foi questionada pela Polícia Judiciária quanto à lotação de uma reunião.

“Ao que apurámos, alguns concidadãos foram barrados por um segurança na entrada principal dos Paços do Concelho, com a justificação de que apenas poderiam estar presentes 18 pessoas na zona destinada ao público. Ora, uma parte dessas pessoas que pretendia entrar concentrou-se na entrada do edifício ainda não eram 20:30 horas, ou seja, meia hora antes do início da reunião. Estranhamente, o segurança informou aos presentes de que a zona para o público já se encontrava lotada (…)”, lê-se, na nota enviada ao IMEDIATO.

“Alguns dos concidadãos que estiveram presentes informaram-nos que, mais tarde, pessoas ligadas ao PS entraram pela porta das traseiras da Câmara Municipal para assistirem à sessão nas cadeiras destinadas ao público. Queremos acreditar que, num cenário por si só tão mau, um episódio com esta gravidade não viesse a acontecer. A verdade é que os nossos deputados presentes na Assembleia Municipal constataram que estiveram sentados no espaço para o público alguns dos assessores da Câmara Municipal, assim como apenas elementos com ligações ao Partido Socialista”, afirmam ainda os sociais-democratas.

Assim, o PSD de Paços de Ferreira adianta que remeteu ao presidente da Assembleia Municipal um pedido de esclarecimentos sobre o plano de contingência para estas reuniões utilizado no período do estado de emergência e no estado de calamidade. “Lembramos que nos períodos mais críticos da pandemia nunca existiu este controlo e bloqueio nas entradas dos concidadãos para as Assembleias Municipais”, afirma a concelhia do partido.

Já durante a sessão, Joana Araújo, do PSD recordou que o partido apresentou várias propostas no sentido de transmitir em direto as sessões, propostas que sempre foram recusadas pelos socialistas e que em 2020, muitos munícipes, devido à pandemia, não puderam assistir às sessões. “Ficam na história deste concelho pela falta de cultura democrática”, referiu a social-democrata.

Em resposta, Miguel Costa, presidente da Assembleia Municipal, disse que “a Casa da Democracia neste concelho é esta e é aqui que se devem dirigir”. Explicou ainda que naquele mesmo dia houve pessoas que não puderam assistir à sessão, por “limitação de pessoas” e que naquele dia foram “mais rigorosos”, pois recentemente a Câmara Municipal foi questionada pela Polícia Judiciária quanto à lotação de uma reunião, que, segundo Miguel Costa, “respeitava as normas da DGS”.

“Nós hoje, em termos de saúde pública não pudemos vacilar isto não é uma norma do PS, porque não estou aqui a representar o PS, estou aqui como presidente da AM a defender os interesses de toda a gente que aqui está”, conclui.

Autarquia “refuta categoricamente todas as acusações”

Já a Câmara Municipal de Paços de Ferreira reagiu ao IMEDIATO, refutando “categoricamente todas as acusações feitas pelo PSD a propósito das restrições de acesso do público à última reunião da Assembleia Municipal”, explicando que as medidas foram adotadas pelos serviços de apoio àquele órgão “em consonância com as recomendações emanadas da Direção-Geral da Saúde”.

“O comunicado do PSD, além de conter imprecisões grosseiras e falsas, recorre à mentira e à calúnia, com o único intuito de denegrir, uma vez mais, o bom nome do Presidente da Câmara Municipal de Paços de Ferreira”, lê-se na nota, sublinhando-se ainda que o cumprimento das regras e funcionamento da Assembleia Municipal “são matéria da única e exclusiva competência dos membros da respetiva Assembleia Municipal e dos seus órgãos legitimamente eleitos e não do Presidente da Câmara Municipal”.

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