homcidio Felgueiras

Vai começar a ser julgado no Tribunal de Penafiel, no próximo dia 10 de fevereiro, o homem de 45 anos que em junho do ano passado matou a mulher da mesma idade com dois tiros de caçadeira, à porta da fábrica de calçado onde esta trabalhava, em Refontoura, no concelho de Felgueiras.

Segundo o site da Procuradoria-Geral Distrital do Porto, o Ministério Público “considerou suficientemente indiciado” que o homem de 45 anos, natural de Caíde de Rei, em Lousada, controlava os movimentos de Sílvia Mendes, a mulher com que tinha um casamento de mais de 20 anos e com quem tinha uma filha, tendo chegado mesmo, “em algumas ocasiões, a exibir-lhe uma arma de fogo, com o intuito de ameaçar e aterrorizar a esposa”.

Segundo a acusação do Ministério Público, uma dessas ameaças ocorreu no dia 4 de junho, na residência do casal em Vilar do Torno e Alentém, também em Lousada, quando o homem teve uma discussão com a mulher, por não se conformar com uma traição cometida por ela e por não aceitar que esta se quisesse separar. Nessa situação, Sérgio Cunha agarrou e empurrou a mulher, “apertado o pescoço e empunhado uma faca com cerca de 35/40cm de comprimento na direção da esposa”. “De seguida, o arguido muniu-se de uma espingarda com dois canos sobrepostos ao mesmo tempo que dizia que matava a esposa, sendo impedido de continuar com a conduta agressiva por familiares que ali se encontram presentes”.

Dois dias depois, Sérgio Cunha pelas 07:50 horas, munido da espingarda, dirigiu-se à fábrica onde Sílvia Mendes trabalhava em Felgueiras, e aí aguardou pela sua chegada. Quando a mulher chegou, acompanhada da irmã e se apercebeu da presença do marido, parado em frente à fábrica, ainda tentou fugir, mas sem sucesso. Sérgio Cunha atravessou o seu veículo automóvel na frente do veículo no qual a ofendida se fazia transportar e, mundo da espingarda, ordenou à esposa que saísse do veículo automóvel, ao que esta acedeu.

“Já no exterior do veículo automóvel, e quando se encontrava a cerca de 1 ou 2 metros, o arguido efetuou um disparo na direção da esposa que a atingiu na zona mamária do lado esquerdo, que a fez cair ao chão, e encontrando-se a ofendida no chão o arguido efetuou um segundo disparo que a atingiu na zona abdominal, provocando-lhe a morte face à gravidade das lesões causadas pelos disparos”, pode ler-se na acusação.

Sílvia Mendes ainda foi socorrida pelos Bombeiros Voluntários de Felgueiras e pela equipa da viatura médica de emergência e reanimação do Vale do Sousa, mas não resistiu.

Depois de balear a ex-companheira, Sérgio Cunha fugiu do local, mas acabou por se entregar no posto da GNR de Lousada, cerca de uma hora depois do crime. Antes, passou pela empresa onde trabalha, em Lousada, onde deixou a arma do crime que foi depois recuperada pelas autoridades.

Sérgio Cunha foi detido no dia do crime e colocado em prisão preventiva. Vai responder pelos crimes de homicídio qualificado agravado e detenção de arma proibida.

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