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O Governo anunciou um reforço de cem camas para acolher vítimas de violência doméstica e reforçou o atendimento normal, através de um e-mail específico para queixas com a palavra “Covid-19”, além de piquetes de urgência em todos os distritos.

Segundo Rosa Monteiro, secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade, o Estado está consciente de que o isolamento social ordenado vai “ser um problema muito difícil para todas as famílias e de forma acrescida para quem era já era vítima de violência doméstica”.

De acordo com a secretária de Estado, esta é uma fase “particularmente sensível” e “vulnerável”, principalmente porque os agressores costumam utilizar o isolamento social como tática. “Estando em confinamento, isso acrescenta vulnerabilidade”, considera.

Neste momento, a rede de apoio tem 677 camas nas casas-abrigo, com mais 168 nas respostas de emergência.

Contudo, ao que o IMEDIATO apurou junto do Gabinete de Apoio à Vítima, “não houve um aumento do número de queixas de violência doméstica” no país desde a chegada do coronavírus e ao aumento do isolamento social.

Segundo Marlene Fonseca, gestora do Gabinete de Apoio à Vítima de Paços de Ferreira, as pessoas “ainda estão há muito pouco tempo em isolamento”, o que faz com que as queixas possam vir a aumentar.

Ainda assim, afirma que ao contactar com as vítimas é possível verificar que estas se encontram “mais fragilizadas em termos emocionais”, algo que pode estar associado ao próprio isolamento.

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