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Há, para já, muito para analisar e muito para comentar depois deste resultado, tão tumultuoso, que acabamos de viver… Mesmo que não me acreditem, eu já previa, esperava-o quase… Hoje, apetece-me dizer que a esquerda o mereceu, em grande… Porquê? Porque os partidos de esquerda, o P.S. e B.E., sobretudo, fizeram uma campanha que nunca poderia satisfazer. Pedro Nuno Santos e Mariana Mortágua falaram, falaram, falaram e não disseram nada para convencer… O P.S. fez uma campanha como se não fosse responsável pelo estado a que chegou o país e P. Nuno Santos que quis mostrar ser um ministro com uma grande obra feita, não foi mais que um “rapazola”, convencido de mostrar uma obra que afinal não fez…

Preferiu rebolar no caso da casa de Montenegro que, afinal, não tem nada de especial… E, já agora, apetece-me acrescentar que a própria comunicação social, que passou os últimos tempos a noticiar sobre questões relacionadas com a Spinumviva, também teria, hoje, de fazer uma enorme reflexão… Para que não exagere no futuro!

Da observação dos mais recentes resultados eleitorais, é forçoso tirar uma lição. Ou várias lições! A esquerda estava convencida que governaria sempre, com vitórias ou, com esquemas adequados. Está aí a fatura! O PS perdeu, afastou-se do centro político, optou por usar uma linguagem caceteira, estilo P.N.S., pouco diferente da do Chega. Agora, por isso, vai ter de mudar de vida. Está numa enorme crise, muito difícil de ultrapassar, penso eu. O P.S.D. achou ser possível salvar o país e eu deixei, há muito, muito mesmo, de acreditar em milagres… Nunca achei que P.N.S. fosse ideal para secretário-geral. Longe disso! Antes, já dera provas de incapacidade para o cargo que sempre ambicionou: como ministro, deu muitas provas de imaturidade, irreflexão, imprudência e falta de responsabilidade. Que quereríamos mais? A essas marcas, poderíamos juntar um ar carrancudo, talvez arrogante, uma falta de empatia que nunca convence o cidadão eleitor… Um ano na oposição, foi suficiente para provar essa ideia e a falta de competência política que também demonstrou, acabou por arrastar o P.S. para uma enorme derrota que vai deixar marcas. Para muito tempo! A confirmar o que penso, recordo que, na sua declaração de derrota, afirmando que nunca suportaria um governo da AD, provou que nunca abandonaria a sua ausência de humildade e que, vivendo em democracia, não sabe mesmo perder… É um mau político, naturalmente!

Findas as eleições, é fácil constatar que Montenegro e Ventura foram os grandes protagonistas da noite eleitoral. Não há dúvidas… E, se não é fácil eliminar a causa de tanta crise, é também inegável que, hoje, a legitimidade política de Montenegro saiu reforçada. Essa constatação, feita à custa de um esmagamento da esquerda em geral e do P.S. em particular, poderá surpreender. Eu não fiquei surpreendida! Ficará para a história a derrota pesada de P.N.S. e, muito sinceramente, desejo que não sobreviva a este desaire eleitoral. Nunca, nunca mesmo, acreditei nele. Como também não acredito em J.L. Carneiro e menos ainda nos que lhe são próximos.

Então, em quem votei? Como sempre, de acordo com a minha consciência, livremente. O meu voto contou mais desta vez, estou contente por isso.

De tudo o que aconteceu, fica-me uma pequena/grande constatação: Não, não ficou tudo na mesma. Para já, as consequências de longo prazo são difíceis de antever. Eu não estou, não posso ficar sossegada…

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