Autor de: "eu" "Objetivo" "Eleito" "56" "Amarante" "Placa" "Fechado" "Crianças" "Radiante"; Pingo-Doce" "Obrigado" "Abragão"; "Droga", "Ciclistas"; "Calçada", “Isto é próprio de um país saloio(…)”,"Green” blá, blá, blá. “Clean”, blá, blá. “Healthy”, Blá blá, blá blá…

Numa sexta-feira recente tive de fazer opções… “Vantagens” de viver na cidade. Havia, nesse mesmo dia, a apresentação de um livro na Biblioteca Municipal e a projeção de um filme no Jardim do Museu…

Optei por ir ver o filme, mesmo gostando particularmente de estar presente quando aqueles que escrevem nos falam do que escreveram… enfim… nos falam da “vida privada” do seu livro.

O Jardim do Museu é um espaço muito belo que mesmo assim sai beneficiado com a uniformização da noite e destaques de iluminações bem estudados. Estava frio e não fui suficientemente preparado para precisar de um bom agasalho numa noite de verão, e de um verão bem quente.

O público que optou por ir ver o filme chegou cedo (acabando por lamentar ter de esperar, com frio, para além do horário anunciado).

Sabia que era um filme dos anos 30… sabia que era um filme mudo… sabia que a banda sonora iria ser produzida, ao vivo, no decorrer do filme.

O filme é um assombro e a banda sonora que o musicou contribuiu fortemente para que esse assombro não fosse minimamente beliscado… diria até que bem pelo contrário. Um filme com quase 100 anos acompanhado por uma banda bem do século XXI…

O frio impelia-me a ir para casa…, mas estava colado, ali, no Jardim do Museu, de olhos e ouvidos, àquele sítio.

O filme é uma sequência de fotografias grandiosas. Cada fotografia é um tratado sobre o ser humano…. O som ampliava até ao infinito a dimensão de cada olhar, de cada cerrar de lábios, de cada movimento das mãos, de cada passo de dança, do tiro de morte…

O antes… o acontecimento e o depois!

Viajei no tempo e no mundo.

Obrigado àqueles que nos fazem sair de nós e entrar em outros nós…. Obrigado aquele par de músicos magníficos que deram a terceira dimensão às formas planas projetadas no ecrã. Até um obrigado àqueles que critico por concentrarem estas experiências de cultura na cidade não as partilhando com tantos outros munícipes.

Quando entrei no Largo da Ajuda amei a cidade onde moro… cosmopolita… viva!

Há momentos em que muito tenho a agradecer. Por isso: Obrigado!

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