Até 13 de dezembro, o capão está no centro das atenções – e do prato – no concelho de Paços de Ferreira. Dos vários restaurantes que preparam a iguaria, o restaurante “O Marceneiro”, junto ao edifício da Câmara Municipal, orgulha-se de expor o último prémio de melhor confeção da Semana Gastronómica do Capão à Freamunde.
E algo é certo, ainda que as vendas tenham caído face ao ano passado, nem a pandemia parece “matar” o furor que é o capão, não só dentro das “fronteiras” do concelho, mas na região – e até mesmo noutras partes do país.
“Ainda na semana passada recebemos uma chamada de um senhor que queria que lhe enviássemos um capão para Lisboa pelo correio. Já hoje telefonou uma senhora de Gaia para saber se lhe podia fazer entrega ao domicílio de um capão”, contou ao IMEDIATO Isabel Marques, que juntamente com o marido, Paulo Marques, assumiu a gerência do restaurante há três anos.
Este ano, devido à covid-19, o prato está a ser vendido em formato de take-away, com a utilização de caixas personalizadas para o transporte da iguaria, de forma a manter a qualidade do prato e da experiência de degustação.
Mas, o que distingue o capão d’O Marceneiro”? Com humildade, Isabel Marques deixa aos clientes essa tarefa, mas não esconde que desde que começou a cozinhar o prato, há apenas três anos, desenvolveu um “pequeno segredo segredo” no tempero. Algo inegável é também o carinho na confeção.
“Pode crer que é feito com amor. É um prato tão demorado, uma iguaria maravilhosa, com aquele picadinho, com aqueles grelinhos no meio e aquela batatinha, olhe, não sei, gosto muito”, explicou ao IMEDIATO.
É assim com “bastante pena” que o restaurante não se vai encher com a agitação e alegria tão comuns em Semanas Gastronómicas anteriores, principalmente no dia da Feira de Santa Luzia, onde os visitantes se deslocavam de propósito para provar o capão.
“Mas que é que se vai fazer? No final, o que importa é que tudo fique bem”, rematou.
