escritaria

Mas sempre deste tempo é o lume que as prende, a estas vozes, e ao prendê-las as solta sobre o tempo”. É com esta frase que o nome de Ana Luísa Amaral vai ficar eternizado em Penafiel, a cidade que lhe presta homenagem até domingo durante o festival literário Escritaria. Junto à Escola Secundária de Penafiel e à Escola D. António Ferreira Gomes, foi inaugurada a frase da autora, assim como a sua silhueta.

Rita Amaral, filha da autora, recentemente falecida, representou a mãe no evento e agradeceu a homenagem que o município de Penafiel está a prestar à sua mãe. “Os eventos são excecionais e estou imensamente sensibilizada pelo que vi hoje, tanto com a silhueta como com esta frase. Julgo que a minha mãe também ficaria muito, muito feliz e muito honrada por esta homenagem”, referiu a filha de Ana Luísa Amaral, aos jornalistas.

Naquela que foi a primeira edição do festival a título póstumo, Antonino de Sousa, presidente da Câmara Municipal de Penafiel referiu que “as emoções estão mais à flor da pele”, pela morte da autora, impossibilitando o contacto direto entre os homenageados e a comunidade.

Contudo, garantiu, tem sido uma edição “extraordinariamente participada e com muita vivacidade”, com várias manifestações de carinho a uma poetisa, que teve mais de 20 publicações e conquistou vários prémios e reconhecimento internacional.

No âmbito do festival, a vida e obra de Ana Luísa Amaral foi até as escolas, como acontece habitualmente, mas também a várias instituições do concelho. “Temos procurado colmatar a ausência da autora homenageada, que é muito sentida, até porque o festival tem essa marca de proximidade”, garantiu Antonino de Sousa.

Escritaria vai ter réplicas em Angola e Cabo Verde

O festival literário Escritaria vai, segundo Antonino de Sousa, ser replicado em

Angola e Cabo Verde no próximo ano. Em Janeiro, o evento chegará a Angola e, em Março/Abril, a Cabo Verde, onde serão reproduzidas as homenagens prestadas pelo município de Penafiel a Pepetela e Germano Almeida.

“Esse objetivo da internacionalização do Escritaria está a dar passos, devagar, passos que podem transformar o nosso Festival Literário num festival de dimensão grande no mundo da lusofonia. Nem sei se existe outro festival com essa audácia de querer chegar a toda a lusofonia“, afirmou o autarca, acrescentando que

“a ideia que queremos concretizar é levar a cada um desses destinos aquilo que acontece aqui durante esta semana. Nestas primeiras ações, vamos dar enfoque àqueles autores dos respectivos países que já passaram pelo Escritaria”.

No futuro, o evento poderá ainda receber a visita de um autor guineense, visto que o presidente da Câmara de Bissau esteve em Penafiel “para se inteirar do que acontece no Escritaria porque gostaria de ver no Escritaria um escritor guineense e acredito que isso possa acontecer”, sustentou Antonino de Sousa.

“Essa dimensão internacional e envolvimento dos países lusófonos é algo de extraordinário que está a acontecer”, concluiu o autarca.

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