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Parece um assunto com anos e em constante repetição e, na verdade, aquilo que parece passa a ser, em parte, tamanha tem sido a projeção mediática do designado “caso TAP” que, numa situação dita normal, até seria vantajosa face à necessidade de escrutínio e à importância da comunicação social para o nosso melhor esclarecimento.

Mas como o que é demais é erro, estamos perante uma assustadora campanha de ajuizamento na praça pública, que mais do que esclarecer está a contribuir para o julgamento atroz sobre pessoas que detinham as respetivas pastas e já assumiram a sua responsabilidade, mesmo antes do apuramento da verdade dos factos, que para já se encontra no campo das investigações e inquéritos.

A TAP é, de facto, um assunto sensível à partida e que gera controvérsia e inquietação junto da opinião pública, em virtude dos episódios recentes e da falta de consensos quanto à melhor estratégia na sua gestão.

A isenção da comissão nomeada na Assembleia da República, sem desmerecer o papel da IGF, devia fazer promover a tranquilidade imprescindível para a averiguação condizente neste tipo de processos, o que não tem sido o caso, face ao ruído permanente em torno desta fase de apuramento, que neste momento é mais uma campanha política personalizada do que um rigoroso compromisso de descoberta da verdade.

Devemos ser objetivos: se há matéria, a investigação deve prosseguir e, caso se verifiquem pressupostos com fundamento, o processo deve seguir os trâmites normais. Mas o contrário também é válido e não podemos estar a sujeitar pessoas que estavam no exercício das suas funções e que, segundo a discussão pública e até prova em contrário, nada fizeram com proveito próprio, a ser tratados como criminosos com repercussões públicas nunca vistas em situações semelhantes.

Seria interessante, no futuro, que casos como este sirvam para fazer repensar a forma como se tratam estes episódios, porque estamos apenas a contribuir para o afastamento dos cargos de gestores públicos aqueles que têm realmente valor, já que todos devemos assumir as responsabilidades pelo exercício menos competente de funções, sem que isso represente o lesar da vida pessoal e da respetiva carreira profissional, atendendo a que errar acontece a todos e, também, aos melhores.

 

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