Este é o tempo em que a discussão entre candidatos presidenciais já se nota bem e, à volta deles e dessa discussão, vão surgindo apoios e críticas ao que fazem, ao que dizem, aos espaços que percorrem…
Todos defendem o melhor que sabem e podem e, naturalmente, vou assistindo com curiosidade, àquilo que cada um quer mostrar… Coisas gastas umas vezes, outras, a vontade de querer surpreender. Estamos num tempo em que os programas e ideias dos candidatos se sobrepõem às outras notícias e, assim vamos vivendo!
Paralelamente, parece nunca ter importado tanto como hoje, a escolha de cada um dos respectivos mandatários. Goste-se ou não se goste, eles chegam de todas as áreas e, teria de ser, da área cultural, da música em particular, também. Acho curioso como cada um tenta surpreender, talvez impressionar, sobretudo. Por arrastamento, também se pretende fazer jogo com a Cultura que tantas vezes parece andar esquecida. A escolha de um representante cultural qualquer, fica bem, fica bonito, pois claro!
Dentro desta linha, fiquei algo surpreendida com a escolha de Dino D’Santiago por parte do candidato Marques Mendes. Não o imaginava num concerto deste cantor, deliciado com os seus movimentos e a sua música…Da nota informativa que li sobre o caso, devo transcrever o seguinte: o cantor, filho de cabo-verdianos, aceitou o convite para ser “mandatário para a área da Cultura, Diversidade e Inclusão.” Muito bem! É bonito o gesto, já que a Cultura funciona sempre como ligação entre gerações e identidades…
E, daqui, poder avançar para o papel que desempenha a Cultura e a Música em particular, para a ligação de um povo. A Música, todos sabemos, é um factor de união, afastando a diversidade… Assim sendo, o candidato presidencial que fez o convite, parece que pretende ser, a partir de agora, um Presidente agregador. Naturalmente também, esta atitude suscitou reacções mais e menos simpáticas por parte dos outros candidatos. Reacções de traição de um lado, a atitudes e defesas antirracistas de outro, enfim, o que me parece é que tem havido contestação por parte da direita e da esquerda…
Sem dúvida, na História de um país como o nosso, terá de haver muita gente diferente que contribui para a riqueza desse país.Cada um, com as suas caracerísticas próprias, com as suas particularidades. Cada um, vai contribuir para a língua, para a religião, para os costumes, para as artes, a música em particular! Podemos sempre gostar mais ou menos, mas, essa mistura, de raças sobretudo, faz a História de um país!
Por isso, goste-se ou não se goste da escolha do candidato presidencial, terá de vir, forçosamente, uma lição de Dino D’Santiago, o mandatário escolhido. Goste-se ou não se goste da música do Dino, forçosamente, aprendemos sempre com ele! E isso conta, mesmo que eu veja nessa escolha e aceitação algum oportunismo…
Há dias, vindo da FMUP (Faculdade de Medicina da Universidade do Porto) tive acesso a uma comunicação que, obrigatoriamente, transcrevo: “A música… ajudante da Medicina em práticas terapêuticas, contribui para o conhecimento de mecanismos neurológicos, envolvendo-se em novos caminhos educacionais, científicos e profissionais.”
Assim, parece importante que a arte da Música possa amenizar a ciência no tratamento dos doentes, contribuindo também para o bem-estar dos saudáveis que, na música, encontram prazer…
Depois disto, afinal, a Música conta mesmo. Também na Política! Venha de onde vier…
