A região do Tâmega e Sousa, as suas fragilidades e os desafios que tem que enfrentar para atingir médias nacionais foram alguns dos temas abordados durante as Jornadas Parlamentares do PS que decorreram em Penafiel.
E, nesse sentido, José Luís Carneiro deu nota de que o Partido Socialista vai levar até ao Governo uma proposta para que se constitua “com carácter piloto, neste território, um Contrato Territorial de Desenvolvimento”, entre a Administração Central e a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Tâmega e Sousa, que tem como prioridades a mobilidade e os transportes – no que respeita à ferrovia e à rodovia –, o ensino superior, o desenvolvimento territorial – que seja capaz de criar oportunidades de emprego, oportunidades de vida –, “para cumprir um dos principais objetivos deste projeto de desenvolvimento que é a fixação de emprego qualificado e que deve aproveitar o esforço e investimento das empresas da região e do país”, referiu o líder socialista.
Num painel composto por Pedro Machado, presidente da Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa, pela Comissária Europeia Elisa Ferreira, por Mário Rui Silva, por Luís Almeida e moderado pelo deputado Eduardo Pinheiro, foram reconhecidas as potencialidades de uma região “jovem”, com muita indústria, com setores competitivos da economia global, mas com rendimentos baixos, problemas de mobilidade e de desenvolvido tecnológico e sem ensino superior que possa formar jovens, alavancar a economia e criar valor.
Assim, para a região, defenderam que é preciso aumentar a competitividade, trazer até ela o Ensino Superior, concretizar o projeto do Centro de Tecnologia e Inovação, assim como criar infraestrutura na área do digital. Além disso, importa também criar melhores acessibilidades, lutando-se, em concreto, pela Linha do Vale do Sousa e pela conclusão do IC 35.
Pedro Machado, presidente da CIM do Tâmega e Sousa, recordou o trabalho feito nos últimos anos que, em muito, já contribuiu para o desenvolvimento da região. “Temos muitas razões para nos lamentarmos, mas também temos razões para termos algum orgulho coletivo”, referiu, recordando que na região, na década de 90, registavam-se as maiores taxas de abandono escolar de trabalho in(CIM) fantil. “Houve trabalho para ultrapassar essas chagas sociais e atualmente já comparamos com a média nacional a estes níveis”, assegurou.
Pedro Machado recordou ainda as assimetrias da região, com municípios de quatro distritos e defendeu a necessidade de se “repensar a organização administrativa”.
Os desafios passam por criar melhores condições de vida através do aumento do rendimento líquido médios, assim como pelo ensino superior, que é “determinante para o nosso futuro porque vai potência a frequência da nossa população, mas também porque sem termos uma presença efetiva na nossa região, vai ser muito difícil termos estes projetos tecnológicos”, assegurou. “Estamos a melhorar, mas precisamos de um acelerador porque se não tivermos vamos demorará décadas a atingir a média nacional”, concluiu.