PontoC

No último trimestre de 2025, o Ponto C vai apresentar o monólogo “O Amor é Fodido”, de João Garcia Miguel, a partir de Miguel Esteves Cardoso; o regresso a Portugal do músico Bonnie ‘Prince’ Billy ; e uma seleção de quatro peças da coreógrafa Vera Mantero, estreadas entre 1991 e 2024.

A partir do livro homónimo de Miguel Esteves Cardoso, “O Amor é Fodido” chega aos palcos com adaptação e interpretação de João Garcia Miguel. Um monólogo tragicómico, com o típico “tempero” do autor homenageado no festival Escritaria em 2023, que combina stand-up e teatro para falar de amor, um tema universal, direcionado para público adulto. Publicado em 1994, “O Amor é Fodido” tornou-se numa das obras de maior sucesso de Miguel Esteves Cardoso. Para ver no Ponto C, a 31 de outubro.

Bonnie ‘Prince’ Billy volta a Portugal e passa pelo Ponto C dia 8 de novembro. Um dos artistas mais singulares da música contemporânea norte-americana – alter ego do cantor, compositor e ator Will Oldham – Bonnie ‘Prince’ Billy vai apresentar-se em duo com o multi-instrumentista Thomas Deakin, num formato intimista que promete emocionar, pela força poética das suas canções, e revelar novas facetas de um artista em constante transformação.

Desde os anos 1990, Will Oldham tem construído uma carreira marcada pela sensibilidade lírica profunda, a estética lo-fi e a abordagem intimista ao folk, ao country e à música alternativa. Antes de adotar o nome Bonnie ‘Prince’ Billy, editou sob o nome Palace Brothers, Palace Music e Will Oldham. Mas foi com o pseudónimo Bonnie ‘Prince’ Billy que encontrou uma persona mais duradoura e irónica, uma figura enigmática, que transita entre o sagrado e o profano.
Veterano trovador folk, com raízes punk, Bonnie ‘Prince’ Billy tem uma discografia repleta de álbuns pertinentes. O mais recente, “The Purple Bird”, aprofunda o seu universo lírico, cru e humano.

Também em novembro, a 29, atua o brasileiro Castello Branco e o ensemble de cordas da Escola Profissional de Música de Espinho, composto por nove músicos com idades entre os 15 e os 17 anos. Do repertório farão parte algumas das canções mais representativas da sua discografia, nomeadamente dos álbuns “Serviço” (2013) – eleito pela crítica um dos melhores discos do ano, responsável por mais de 500 mil downloads e três digressões europeias; “Sintoma” (2017), “Sermão” (2020) e “Niska” (2021). Os arranjos estão a cargo de Bernardo Lima e Nuno Peixoto de Pinho.

O primeiro destaque de dezembro é a apresentação de diversos trabalhos da coreógrafa Vera Mantero. Dia 5, em “_chãocéu”, peça de 2024, Vera Mantero, Henrique Furtado Vieira e João Bento evocam o imaginário mitológico, entre a terra e a atmosfera, sendo o corpo o elemento de ligação numa busca pelo inconsciente. Elevados em escadotes, os intérpretes – numa aparente nudez – fazem ressoar as palavras que perscrutam outra linguagem. A 7 de dezembro, viajamos no tempo até à década de 1990, com reposição de três solos icónicos de Vera Mantero “uma misteriosa coisa, disse o e.e. cummings” (1996), abordagem provocatória à biografia da bailarina negra Josephine Baker; “Talvez ela pudesse dançar primeiro e pensar depois” (1993) pega na citação de Beckett para traduzir uma expressividade improvisada, um corpo que não descura gestos, mãos, rosto; e “Olympia” (1991), que nasce do diálogo inconformado entre a pintura de Manet e o livro “Asfixiante Cultura” do Dubuffet, que quer “acordar” o público para a razão de ser da arte.

Os bilhetes estão à venda na bilheteira do Ponto C e on-line (https://pontocpenafiel.bol.pt/).

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