escola lumar

A Escola Básica de Lomar, em Luzim, Penafiel, foi fechada a cadeado durante a madrugada de ontem, em sinal de protesto contra o encerramento do Jardim-de-Infância da freguesia e, consequente transferência dos alunos para a EB de Lomar. Quando os alunos chegaram ao estabelecimento de ensino para o primeiro dia de aulas, ficaram retidos no exterior e só entraram na escola quando a GNR arrombou o cadeado.

Ao que o Jornal IMEDIATO apurou o fecho da escola a cadeado foi feito pelos pais, de madrugada, em sinal de protesto pelo facto de ter sido encerrado o jardim-de-infância da freguesia, obrigando à integração das 13 crianças que frequentavam aquele estabelecimento de ensino, na Escola Básica de Lomar, que pertence ao Agrupamento de Escolas de Penafiel Sudeste.

Sem se quererem identificar, alguns pais dos alunos do jardim-de-infância, relataram que foram avisados do encerramento do estabelecimento de ensino há cerca de um mês e meio pela escola e que esta decisão foi tomada pela autarquia. Referem ainda que não concordaram com a mudança de instalações, por entenderem que a escola que agora vão frequentar “não tem condições para os acolher”. Assim, fecharam a escola – que assim se manteve na primeira hora do dia, só abrindo quando a GNR foi chamada ao local e rebentou o cadeado.

Contactado pelo Jornal IMEDIATO, Rodrigo Lopes, vereador da Câmara Municipal de Penafiel com o pelouro da Educação, explicou que esta decisão da autarquia de encerrar o jardim-de-infância “vai de encontro a um modelo defendido pelo Ministério da Educação e com o qual concordamos”, que prevê a criação de centros escolares, concentrando-se no mesmo edifício os alunos dos jardins-de-infância e do primeiro ciclo do ensino básico. “Em Luzim, tínhamos duas salas vagas no edifício do ensino básico e então mudamos os alunos do jardim-de-infância para lá”, explicou, acrescentando que foram criadas todas as condições para acolher as crianças, tendo inclusive sido criado um parque infantil.

Segundo o vereador, esta política do Ministério, é benéfica para os alunos, na medida em que “facilita a articulação das atividades entre jardim de infância e primeiro ciclo, que é obrigatória, permite uma melhor socialização das crianças e evita os sobressaltos de mudança de escola quando saem do jardim-de-infância e vão para o 1.º ciclo”. “Estas três razões levam-nos a concordar com esta política do Ministério e a colocá-la em prática”, concluiu.

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