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O Ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, realizou uma visita à Quinta da Aveleda, em Penafiel, para se inteirar das dificuldades do setor.

Depois de uma visita pela quinta, acompanhado pelo presidente da Câmara de Penafiel, Antonino de Sousa, e do vice-presidente da autarquia, Pedro Santana Cepeda, assim como dos responsáveis da Quinta da Aveleda, em declarações aos jornalistas, o Ministro destacou a importância do setor na economia, mas também no turismo. “Nem sempre há a perceção que o vinho é investigação, é inovação, é um produto qualificado e, em espaços como este, onde esta presente o enoturismo, é a atratividade do território, mas é, também, a biodiversidade com os jardins e os seus sete hectares”, referiu.

Falando do setor vinícola, José Manuel Fernandes deu nota de que o vinho, em 2024, representou um superavit – a diferença entre as importações e as exportações – de mais de 800 milhões de euros. “Crescemos em valor em 2024, 4,5 por cento e diminuímos as importações em quase 20 por cento. Este é um trabalho que se tem de fazer e há que contrair a tendência mundial, que é do ataque ao vinho da diminuição do consumo e por isso, também, na devemos excluir a inovação e apoiá-la, em vinho com menos álcool. Mas temos de proteger as nossas denominações de origem, o que produzimos e que outros nunca conseguirão imitar e proceder à valorização dos nossos recursos”, acrescentou.

Falando na qualidade dos vinhos portugueses, o Ministro destacou a importância da sua promoção. “Podemos fazer mais na promoção e reforçamos imenso as verbas destinadas à produção, lançamos um concurso de 20 milhões de euros e só houve candidaturas para 12 milhões. Devemos consolidar e não desistir dos mercados que temos, como reforçar mercados com o do Brasil e ir para novos mercados”. A par disto, o Governo já fez um caminho, assegurou, através do reforço da fiscalização, da extinção das cativações para a promoção. “Para além disso, fizemos uma linha de crédito para as cooperativas e o pequeno produtor é a nossa grande preocupação e o nosso grande objetivo, porque para além da competitividade, há ainda a questão da coesão territorial. Este trabalho ajudar a combater as alterações climáticas e é considerado turismo numa série de regiões. É um fator de atratividade.”, assegurou.

Falando no aumento das tarifas que os Estados Unidos se preparam para aplicar, José Manuel Fernandes disse que União Europeia, “quem conduz as negociações”, tem que ter “uma firmeza tranquila e paciência”. “As negociações têm sempre alguns extremar de posições, mas havendo boa-fé chega-se um ponto de equilíbrio”, referiu, considerando os 30 por cento de aumento como “algo impensável”, adiantou.

Segundo o governante, a União Europeia, no comércio de mercadorias têm um superavit, já que exporta mais do que importa. “Mas no comércio de serviços, que são mais de 100 mil milhões de défice, a União Europeia importa mais serviços do que exporta. “Mas temos de negociar até ao último minuto e, independentemente daquilo que acontecer, a União Europeia nunca pode desistir do mercado dos Estados Unidos da América”, frisou, destacando a necessidade de se concluir o acordo Mercosul e de avançar com acordos como outros países, caso da Índia, “um mercado que seria positivo haver um acordo comercial”, concluiu.

Pedro Cepeda, vice-presidente da Câmara Municipal de Penafiel acompanhou a visita à Quinta, uma empresa que, considerou, “um dos maiores embaixadores de Penafiel, sendo ainda “uma inspiração do ponto de vista do agroalimentar, uma empresa de referência do concelho, da região, que tem uma relação muito forte com os pequenos produtores”.
Para Pedro Cepeda esta visita do Ministro da Agricultura “revela a importância que é dada a este território, à agricultura, sendo um inventivo para que os nossos pequenos e médios produtores possam ser competitivos, ter acesso a fundos comunitários para modernizar a sua produção, transformar os produtos e criar mais riqueza e desenvolver o setor do ponto de vista económico”.

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