Entre os dias 16 de abril e 25 de junho decorreu o Aldear que teve como objetivo promover o encontro de comunidades na região do Douro, Tâmega e Sousa e dar a conhecer os seus saberes, sabores, artes e ofícios de forma artística.
O Aldear decorreu entre 11 domingos consecutivos de encontros entre as comunidades das diferentes aldeias que acolheram este projeto artístico multidisciplinar, centrado nas pessoas e na sua identidade, e os coletivos artísticos que, desde o início do ano, estiveram a trabalhar em conjunto mais de meia centena de processos artísticos, entre espetáculos comunitários, oficinas de saberes e sabores, instalações, conversas e percursos artísticos.
Depois de uma primeira edição de sucesso realizada em 2021, e que, mesmo com as muitas restrições impostas pela pandemia, teve um efeito transformador em 11 aldeias do Douro, Tâmega e Sousa, esta segunda edição do Aldear contou com o envolvimento no projeto de mais de 600 pessoas da comunidade das aldeias que o acolheram, 35 coletividades e a mais de 5000 participantes.
Pedro Machado, Presidente do Conselho Intermunicipal da CIM do Tâmega e Sousa, entidade promotora do Aldear, faz um balanço positivo desta edição: “Conseguimos envolver as comunidades com as equipas artísticas e de mediação em processos de valorização das memórias e identidade, com foco no futuro. Contámos com o envolvimento ativo de mais de 600 pessoas da comunidade nos processos de criação artística participativa e, por isso, cremos ter contribuído de forma relevante para a criação de laços sociais e reativação de vivências comunitárias. Conseguimos reativar dinâmicas associativas nos diversos locais por onde passámos, tentando contribuir para a criação de um sentimento de pertença mais vincado em cada lugar”.
O programa assentou em micro-eventos, entre eles um percurso artístico, oficinas de sabores, oficinas de artes e ofícios e uma criação comunitária, dinamizados conjuntamente pela comunidade local e os coletivos artísticos Burilar, Colectivo Espaço Invisível, Coruja do Mato, Discos de Platão, Maria Zimbro e Ondamarela.
Nesta edição, o Aldear aconteceu em Gatão, Amarante, em Santa Marinha do Zêzere, Baião, no Gilde, Real, em Castelo de Paiva, no Rego, Celorico de Basto, em Fornelos, Cinfães, em Macieira da Lixa, Felgueiras, em Meinedo, Lousada, em Maureles, Marco de Canaveses, em Eiriz, Paços de Ferreira, em Quintadora, Lagares, Penafiel, e em Barrô, Resende.
Especialmente desenhado para promover a coesão social, territorial e cultural, o Aldear é um projeto promovido no âmbito da operação Cultura Made In Tâmega e Sousa, sendo dinamizado pela Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa, em parceria com os seus 11 municípios, e cofinanciado pelo Norte 2020, Portugal 2020 e União Europeia, através do FEDER – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.