O treinador de Hóquei em Patins, Hugo Azevedo, renovou o seu contrato com a Juventude Pacense até à próxima época. Perto de fazer história, levando o clube da Capital do Móvel até à Primeira Divisão de Hóquei em Patins pela primeira vez em 51 anos, o “mister” acredita que tudo é possível se mantiverem a mentalidade que os trouxe assim tão longe. “Se trabalharmos todos no mesmo sentido não temos limites para sonhar. Somos um grupo ambicioso e acreditamos que se todos formos capazes de crescer com esta podem ter a certeza que é atrás desse sonho que vamos atrás”.
Em relação à renovação, o treinador afirmou que se sente “muito satisfeito de poder renovar para a próxima temporada”, acrescentando que “quando assinamos tínhamos uma meta para cumprir, que seriamos dos poucos que achava possível, mas felizmente estamos muito próximos de a atingir”, referindo-se à potencial histórica subida do Juventude.
Em relação à curta duração do contrato, o Vice-Presidente do Hóquei em Patins, Filipe Brandão, referiu que “é uma questão logística acima de tudo”. “Nós sabemos que o vínculo, apesar de ser só por uma época, está no trabalho apresentado pelo Hugo e a equipa técnica dele. Nós confiamos nisso, na união, o facto de se rever no clube e de fazer parte da família, por isso com o mesmo à vontade que temos uma renovação por uma época, podíamos ter vinculado por cinco que era igual”.
Filipe Brandão relembrou ainda as palavras do mister quando foi contratado para a posição, na época 2020/21, que serviram como uma profecia para os anos seguintes. “O Hugo disse que via em nós um gigante adormecido. Passamos um mau bocado, tínhamos 8 jogos e 2 pontos, mas o Hugo aceitou o desafio e terminou a época num lugar tranquilo”.
“O principal fator que nos levou a seguir com o recrutamento do Hugo foi, acima de tudo, a crença que ele tinha em nós, uma crença que provavelmente muitos outros treinadores no patamar que nós estávamos na altura não teriam”, admitiu o Vice-Presidente, demonstrando-se bastante grato pelo trabalho do treinador até agora.
Por sua vez, o Diretor José Nuno Costa referiu que a renovação serviu como uma forma de expandir ainda mais a união entre treinador e sócios. “A aposta é única na subida, todo o trabalho reflete isso, e obviamente que as massas aderem aos bons resultados. O que nós pretendemos é que os sócios e simpatizantes estejam com o clube, que de facto vai acontecer história acho que isso é evidente e nós acreditamos nisto, mas ao mesmo tempo também queremos que a renovação da equipa técnica sirva como meio para fazermos história na primeira divisão, por isso precisamos de alguém que conheça o clube.”, referiu.
Para além disso, José Nuno Costa fez questão de mencionar que de nenhuma maneira a Assembleia Geral que a Juventude recentemente teve iria mudar a renovação. “O treinador mostra competência, mostra trabalho, a cadeira é dele e é dele por mérito próprio. Por isso é natural que independentemente dos órgãos ele ficaria”, explicou, antes de acrescentar que “a única forma de não ficar era se o Hugo assim o entendesse”.
Fazendo um balanço do seu tempo no clube até agora, o treinador demonstra “uma grande satisfação” em potencialmente “entrar na história do clube” (algo que afirma ser “um sonho para todos os treinadores”), demonstrando mais uma vez a crença no clube que o levou até este patamar: “Acredito cada vez mais que o melhor estará para vir e que um dia podemos fazer parte de um núcleo muito sério do Hóquei em Patins nacional”.
Por fim, Hugo admite o risco que tomou ao juntar-se com a sua equipa técnica ao clube Pacense num momento tão frágil (algo que acredita ser normal, comentando que “a vida de treinador vive de riscos”), mas afirma que “até ao dia de hoje valeu a pena”: “Se fosse hoje voltaria a fazê-lo, se calhar ainda mais assertivamente. Encontrei neste clube, para além de excelente pessoas, um grupo ambicioso, um clube sedento de vitórias, com grande vontade de evoluir. Sinto-me em casa”.
