Fábrica da região deixa de comprar madeira a empresas russas
Empresa é sponsor dos bancos de suplentes do Estádio Capital do Móvel. Fotografia: Direitos Reservados

A empresa Alfredo Nunes Correia, Lda., sediada em Rebordosa, anunciou um boicote à compra de madeira proveniente da Rússia “por uma questão moral e de responsabilidade social”. No ano passado, a empresa faturou 15 milhões de euros, 75% deste valor oriundo de exportações.

Assim que tomaram conhecimento da invasão militar russa à Ucrânia, os administradores da empresa entraram em contacto com os seus cinco fornecedores e clientes russos, dando a informação de que “não haverá qualquer relação comercial com eles enquanto esta situação se estiver a passar”.

“Sabemos que são empresas privadas e não públicas, mas por uma questão moral e de responsabilidade social – e por conhecermos as pessoas do outro lado, a realidade dos ucranianos -, entendemos que não fazia sentido estar a manter essa relação comercial. É ainda mais difícil compreender [o conflito] quando se conhece os ucranianos, com quem temos uma relação mais próxima. Vemos como as pessoas estão”, afirma Rui Correia, em entrevista ao ECO.

E empresa tem 15 trabalhadores e dedica-se ao comércio da madeira, folhas de madeira e derivados, encaminhadas para revendedores ou diretamente nas indústrias do setor do mobiliário. É sponsor dos bancos de suplentes do Estádio Capital do Móvel.

No ano passado, faturou 15 milhões de euros, sendo 75% deste valor relativo a exportações. A Rússia equivale a dois milhões de euros, especialmente na importação de madeira e contraplacados. Já a Ucrânia representa três milhões de euros, relativos especialmente à importação de madeira e folha da madeira, sendo que a Alfredo Nunes Correia, Lda também subcontrata no país.

A empresa de Rebordosa antecipa que o conflito gere uma perda direta de vendas num valor entre 1 e 1,5 milhões de euros este ano.

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