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Um negócio que passou de pai para filha. A ervanária S. Pedro de Rita Matos foi fundada em 1991 em Paços de Ferreira por José Matos, mas desde há três anos está que está a cargo da sua filha Rita Matos.

Influenciado por um amigo a montar uma Ervanária José Matos conta ao Jornal IMEDIATO que “passei dificuldades, fui desanimado por muita gente, mas o certo é que me considero um homem vencedor numa casa destas que cresceu”. Há três anos atrás o fundador passou o negócio para a sua filha, mas “continuo cá para que ela cresça ainda mais”.

A Ervanária tem vindo a evoluir com as necessidades inerentes à sociedade, acompanhando os progressos científicos que se desenvolvem na área da medicina natural. Na loja é possível encontrar suplementos alimentares, medicação natural para todo o tipo de abordagem de saúde, produtos ortopédicos.

Uma das grandes valências são os vários terapeutas que trabalham diariamente na Ervanária com consultas de hipnoterapia, acupuntura, massagem ortopedia, magnetoterapia, homeopatia, electrocupuntura, consultas de nutrição, exames EIS, Reiki.

Rita Matos foi criada com o pai na loja e daí dar-se bem com a área da saúde, que sempre foi aquilo que mais gostou de fazer, no entanto a sua vertente está ligada à psicologia, à mente humana. Nesta área interagiu com o curso de hipnose sendo um dos seus sonhos fazer hipnoterapia.

Com uma agenda sempre cheia, há um ano que Rita Matos tem ao seu lado a dar consultas a Dra. Florbela Magalhães.

“Os terapeutas fim de linha”

Ainda com vários mitos associados à hipnose Florbela Magalhães esclarece que “ as pessoas tem um pouco de medo de saber o que é a hipnose e dizem: ai isso eu adormeço e depois nunca mais acordo. Não! A pessoa em hipnose ela adormece, mas o consciente está sempre presente, ela ouve tudo à volta só o inconsciente é que fica alterado”, “ não é místico, as pessoas pensam que é uma coisa do outro mundo mas não é”.

Já usada no tempo dos faraós e muito utilizada na II Guerra Mundial para fazer operações bem como amputações de pernas e braços, a hipnose segundo Florbela “não é tudo mas sim o princípio de tudo”. Conhecidos como “terapeutas do fim de linha”, os hipno terapeutas trabalham em simultâneo com os psiquiatras, psicólogos para tratar as várias patologias como a ansiedade, a depressão, os POC, os medos, as adições, a timidez, entre outros.

Ao Jornal IMEDIATO, as hipnoterapeutas esclarecem que a hipnose “tenta ajudar, é uma mais-valia. Continuam medicadas, a gente não interfere nessa área mas a hipnose vai ir ao fundo”. Rita Matos explica que “as pessoas associam que a hipnose não dói, mas não é assim de uma forma tão razoável de resolver, porque vão buscar um momento menos bom da sua vida e voltar e reviver aquele momento não é sempre assim tao fácil”.

Florbela Magalhães explica que “na hipnose vamos mesmo onde despontou a depressão, que muitas vezes pode vir da infância”, “levamos ao porquê das pessoas terem medo”. Com sessões entre uma hora e meia a duas horas, as consultas são divididas em duas partes: na primeira fazem a anamnese, para conhecer a pessoa, e na segunda parte utilizam uma das técnicas da hipnose para ajudar a pessoa com o seu problema.

Com a pandemia da Covid-19 houve uma maior procura pelas consultas de hipnose, principalmente de jovens, pois a “pandemia foi o espoletar de muita coisa, de muitos medos. O ficarem fechados em casa foi quase como um gatilho, as pessoas começaram a reviver muita coisa. Os medos começaram a vir e não sabem o porquê” explica Florbela Magalhães.

Rita Matos conclui que “a perda e a ansiedade foram das coisas mais complicadas que a pandemia gerou, e nós temos muita gente a procurar ainda com resquícios da pandemia”.

Na Ervanária S. Pedro de Rita Matos as consultas são de segunda a quinta-feira e aos sábados.

 

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