Saudade/Contra o medo… esperança!

A guerra que muitos não imaginavam ou não queriam que acontecesse, faz um ano e, hoje, não há quem arrisque uma data para o fim da invasão da Ucrânia pela Rússia.

Depois de tantos dias, tantos meses de sofrimento causados pelo invasor Putin, continua a não haver cedências, continua a não haver confiança em dias de paz que se desejariam próximos… Não há ainda, continua a não haver sinais públicos de que a diplomacia esteja a trabalhar afincadamente para se chegar a entendimentos mínimos. Para já, o que há, é uma certeza que está diariamente à frente dos nossos olhos: a ofensiva lançada por Putin continua! Na Ucrânia hoje, amanhã talvez, num outro país vizinho… A Presidente moldava, acredita, tal como Zelensky, que Putin estaria (ou está?) a preparar um plano para invadir a Moldava, antiga República soviética. A ser assim, a guerra vai continuar e, hoje, na data de registo do seu início, 24 de Fevereiro, continuará a haver o recurso aos palestrantes/especialistas habituais, continuaremos a ouvir jornalistas e enviados especiais ao espaço massacrado da Ucrânia e, pior ainda, continuaremos a poder ver as imagens horríveis de um espaço praticamente destruído e, ainda pior, ouviremos os testemunhos sofridos do povo corajoso da Ucrânia que nos mostra e nos transmite um sofrimento muito duro, muito injusto, que não deveria nunca, existir…

Já todos demos conta que o povo ucraniano não verga, que tem uma grande capacidade de quase remediar a situação e, sobretudo, a coragem de dizer, vamos em frente…

Mas é tudo muito difícil! Nós, à distância, diante das imagens que nos chegam, sentimos o horror que a guerra provoca: ruas e praças desfeitas; velhos e crianças que pedem tudo, que procuram nas ruínas os que lhes são próximos… Gente que chora em desespero mas também, gente capaz de querer continuar a luta mesmo que a paz ainda esteja distante…

De longe, não é possível medir o desespero de quem tenta fugir do perigo sem saber como… E não é fácil ver as imagens de famílias desfeitas, de crianças sem pais, de gente perdida sem saber o que fazer… Há dor, muitas lágrimas, mas há também gente capaz de enfrentar o perigo mesmo quando a coragem, naturalmente, deveria desaparecer…

Hoje, amanhã ainda, é o dia 24 de Fevereiro e a guerra continua! Não fico e não podemos ficar indiferentes à dor imensa que um país imenso, próximo e distante de nós, está a viver… E daí vem a revolta, naturalmente, vem a dor, a compaixão, as lágrimas e, sobretudo, nascem as dúvidas e as perguntas que o ser humano também tem de enfrentar. E porquê?

Para já, sentimos que a paz não é possível enquanto nenhuma das partes desistir da vitória e, em todo o caso, com a Rússia de Putin, mais forte e mais preparada do que a Ucrânia, é improvável que a paz seja possível porque a guerra há-de ter um fim. Um dia…

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