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Enquadramento

Nos dias que correm, muitos portugueses procuram soluções para dar resposta ao contexto exigente que passamos, do ponto de vista financeiro. As dificuldades de vida, ampliadas pela desigualdade de rendimentos e pelos baixos salários, fazem-se sentir.

São cada vez mais as pessoas que têm dificuldades em pagar atempadamente os seus créditos. O não cumprimento dos prazos acarreta consequências graves que, em casos extremos, podem levar à penhora de bens e rendimentos. Inclusive, em caso de dívida, os clientes podem ficar marcados na lista negra do Banco de Portugal.

Como tal, é fundamental procurar soluções que facilitem o processo de pagamento e disponibilizem às famílias os rendimentos necessários para viver com conforto e segurança.

 

Crédito Consolidado

Antes de avançar com qualquer opção, é necessário avaliar a realidade financeira de cada agregado, as suas necessidades concretas e os seus objetivos.

Neste sentido, o crédito consolidado apresenta-se como uma das opções mais procuradas pelos clientes, que procuram estender o prazo de pagamento dos seus empréstimos e, consequentemente, minimizar os seus custos mensais.

A consolidação da dívida permite a junção de vários créditos numa única obrigação financeira. Assim, torna o processo de pagamento mais simples e oferece condições para otimizarem os seus rendimentos, de forma mais eficiente, diminuindo as possibilidades de falhas no pagamento das prestações.

Apesar de ser uma solução que apresenta várias vantagens, é essencial avaliar previamente os custos inerentes a esta escolha e perceber se se adequa à sua conjuntura.

 

Em que Casos se Adequa o Crédito Consolidado?

Primeiramente, deve considerar se consolidar créditos é a melhor opção financeira para si, tendo em conta os seus objetivos pessoais.

Por conseguinte, a junção dos seus empréstimos pode fazer sentido, se pretende:

  1. Reduzir taxas de juro – A consolidação dos créditos pode levar a menores taxas de juro, o que minimiza parte considerável dos custos associados ao pagamento do crédito.
  2. Estender o prazo de pagamento do crédito – Permite alargar o prazo de pagamento até 120 meses. Desta forma, é possível diminuir significativamente o valor a pagar por prestação. Contudo, também pode levar ao aumento do montante total da dívida.
  3. Simplificar o processo de pagamento – Uma vez que todos os créditos ficam unidos numa só entidade financiadora, é mais simples para as famílias organizarem transações e cumprirem prazos.
  4. Poupar – A quantia mensal a pagar é significativamente inferior. Logo, é possível aumentar a percentagem de poupança, o que permite às famílias economizar e colocar de lado algum dinheiro para momentos de necessidade.
  5. Evitar o sobreendividamento – Se procura evitar uma situação de incumprimento, a consolidação da dívida permite a redução da prestação mensal. Logo, contará com uma maior percentagem de orçamento disponível. Não obstante, também pode contribuir para contextos de endividamento.

Para quem procura uma medida imediata e de fácil concretização, o crédito consolidado é uma opção viável.

No entanto, é importante avaliar os prós e contras e garantir que se ajusta às suas necessidades específicas. Para tal, pode utilizar o simulador de consolidação e verificar as propostas que mais se ajustam às suas circunstâncias.

 

Quando Não Devo Consolidar Créditos?

Antes de tomar a decisão de consolidar créditos, deve considerar alguns fatores que poderão ser dissuasores, entre os quais:

  • Idade limite – Se já se encontra numa idade mais avançada, dada a extensão do prazo de pagamento até 10 anos, poderá não fazer sentido juntar os seus empréstimos. Só pode pedir um crédito consolidado até aos 75 anos.
  • Valor elevado em taxas de juro e outras comissões – É importante analisar se as taxas de juro e possíveis comissões serão, no final de contas, vantajosas ou se vão acabar por aumentar consideravelmente o valor final a pagar.
  • Inviabilização de investimentos futuros – Dada a carga financeira inerente a este compromisso, e pelo prazo alargado de pagamento, poderá hipotecar futuras oportunidades de investimento.
  • Capacidade de gestão financeira – Para garantir o sucesso da junção dos créditos, é necessário educar-se no sentido de gerir, de forma eficiente, os rendimentos. Caso contrário, corre o risco de viver um cenário de sobreendividamento.

Juntar créditos é uma decisão de responsabilidade e que obriga a um estudo cuidadoso dos vários fatores de risco e das melhores ofertas de mercado.

Simultaneamente, analisar a sua situação financeira e as suas metas a curto, médio e longo prazo, é uma componente importante para uma escolha ponderada e com maior taxa de sucesso.

Concluindo

Nos casos mais comuns, em que os objetivos imediatos são poupar e organizar as poupanças pessoais, o crédito consolidado é uma ferramenta a ter em conta. Não obstante, cada contexto é único e, como tal, é crucial analisar necessidades concretas, objetivos pessoais e fazer contas, tendo em vista os planos futuros.

O prolongamento do prazo de pagamento, associado a esta medida, permite diminuir o valor mensal do empréstimo único. Além disso, todo o processo é simples de concretizar, contribuindo para o aumento dos rendimentos disponíveis das famílias.

Antes de formalizar o pedido, é importante ter em consideração que acarreta responsabilidades e que é essencial disciplina financeira para evitar acumular mais dívidas, após a consolidação.

Podemos, assim, afirmar que consolidar créditos em 2023 compensa para quem pretende fazer um fundo de poupança, diminuir custos mensais e aprender a controlar os seus gastos, de modo célere e seguro.

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