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“Um Governo responsável sabe que é em dias de sol que se conserta o telhado. (…) Perante os sucessivos apelos, nada foi feito”. É assim que as concelhias do PSD do Tâmega e Sousa consideram que tem sido lidada, ao longo dos últimos anos, a situação no Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS).

Agora, aos olhos dos sociais-democratas, a situação no CHTS é “crítica” e a transferência de doentes para outras unidades “apenas mascara temporariamente a situação de caos e desespero que se tem vivido nas últimas semanas e meses”.

No comunicado enviado às redações por várias concelhias do Partido Social Democrata do Tâmega e Sousa, que incluem Paços de Ferreira, Penafiel, Paredes e Lousada, é exigido ao Governo “um compromisso público” com o reforço “urgente” dos meios para o centro hospitalar.

“Perante os sucessivos apelos, nada foi feito. E os autarcas e deputados socialistas da região vão-se mantendo envergonhadamente calados, compactuando com a falta de ação do Governo nesta matéria. Cabe-nos ainda recordar que existe um projeto aprovado, para obras de ampliação do serviço de Urgência, mas que continua a aguardar na secretaria do senhor Ministro das Finanças por autorização. Entretanto, milhares de doentes e seus familiares esperam e desesperam”, acusam as várias concelhias do PSD.

Assim, os sociais-democratas da região defendem que os fundos europeus que vão chegar ao país nos próximos meses devem incluir “um forte investimento na ampliação e reorganização do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, adequando a capacidade de resposta desta infraestrutura às necessidades da região”.

Pandemia só veio “pôr a descoberto” o que se passa no CHTS

Na nota enviada pelas concelhias do PSD, é defendido que a pandemia de Covid-19 só veio “agudizar e pôr a descoberto aquilo pelo qual há muito as populações reclamam” acerca do CHTS: o “caos e “desespero”.

E acordo com o comunicado, o Hospital de São Gonçalo, em Amarante, está, desde a sua inauguração, “escandalosamente subdotado de valências e de recursos materiais e humanos” e o Hospital Padre Américo, em Penafiel, está há muitos anos “a trabalhar em sobrecarga”.

Contudo, os sociais-democratas acusam que “nem por esse motivo foi reforçada a capacidade de resposta em Amarante onde as instalações estão claramente desaproveitadas e poderiam fazer a diferença no contexto do Centro Hospitalar”.

Aos olhos dos sociais-democratas, o centro hospitalar apenas ainda não colapsou “pelo esforço sobre-humano e pela dedicação dos profissionais que ali trabalham”. O PSD deixa ainda acuações ao primeiro-ministro e à ministra da Saúde, que estiveram na região mas “nada fizeram em concreto” para resolver o problema.

“Um Governo responsável sabe que, como diz o velho ditado popular, ‘é em dias de sol que se conserta o telhado’. E este Governo, com o silêncio conivente de autarcas socialistas da região, ignorou os problemas que se vinham a agravar, ano após ano, no CHTS”, consideram.

“Não baixaremos os braços até que estas legítimas reivindicações sejam atendidas pelo Governo da República, assim como desafiamos os Autarcas e Deputados da região, de todos os Partidos Políticos, inclusive do Partido Socialista, a associarem-se de verdade a esta causa que nos deve unir a todos”, rematam.

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