No próximo dia 20 de junho, comemora-se o Dia Mundial da Produtividade. Um dia interessante, não só para as organizações, mas também para cada um, individualmente, calcular o seu índice de produtividade. De forma (muito) generalista, o cálculo da produtividade mede a forma como os recursos são usados para produzir um produto ou prestar um serviço, representada pelo quociente entre “um resultado esperado” e os “recursos investidos”. Dessa forma, constata-se que, quanto mais eficiente for a utilização dos recursos (frequentemente o trabalhador ainda é visto como “simples” recurso), maior é a produtividade.
Nesta expressão, podemos identificar uma diversidade de “parâmetros”, quer no numerador (número de peças produzidas, contratos feitos, venda de um produto, etc), quer no denominador (tempo despendido, número de trabalhadores, dinheiro investido, etc). Maior produtividade, por sua vez, não deve ser entendido como maior qualidade do produto ou do serviço! Nem sempre quantidade é qualidade!
Como o ser humano é bem mais que um mero recurso, “acoplado” em série, para a produção de algo, quando no uso do seu potencial mental, estudo, reflexão, inovação e criatividade, por vezes fica complicado o cálculo de produtividade ou não é de todo aplicável! Imaginem, um pintor, escritor, músico, etc, será o número de obras que faz, por mês ou ano, o mais importante? Ou fazer apenas aquela…que lhe permitirá ser reconhecido mundialmente?
Numa Organização, por vezes, os meros cálculos frios das equações matemáticas, servem apenas para apresentar, de forma autoritária e intimidadora, a baixa produtividade de uma equipa de trabalho ou mesmo de um trabalhador. Não deixa de ser curioso, como as chefias, cheias de razão (pois possuem dados concretos e fidedignos), acham-se no pleno direito, mas da forma errada, de abordar essa equipa ou trabalhador, pela fraca prestação. Provavelmente, esta situação, analisada profundamente (nem que seja pela técnica dos “5 porquês”), traria conclusões surpreendentes!
Seria igualmente interessante, sair dos cálculos matemáticos e analisar qual o ambiente que se sente e vive nessa organização, através de umas “simples” questões:
O trabalhador (ou equipa) está devidamente capacitado(a) para desenvolver essa atividade?
Possui os recursos produtivos, de segurança e de bem-estar necessários?
O tempo é o adequado para essa tarefa?
Qual a qualidade da comunicação nessa equipa de trabalho?
Qual a cultura organizacional real (e não a “prescrita” nos “papéis”)?
Quanto desequilibrado(a) está emocionalmente?
Qual a relação de trabalho, vida familiar e pessoal?
Qual a relação dos valores e princípios pessoais com os organizacionais?
Quanto exausto (fisica e mentalmente) está essa equipa ou trabalhador?
Quanto feliz se sente(m) na Organização?
Quanto feliz se sente(m) na sua vida pessoal?
(…)
Respondendo a estas e muitas outras questões, provavelmente, poderíamos constatar, que esta situação, apesar da verdade dos números, escondia uma outra verdade subliminar que estava a “intoxicar” o clima organizacional. Essa verdade que todos sentiam, murmuravam, mas nunca tinha sido apresentada, pois não existiam números!
É aqui, que que o Coaching pode fazer a diferença! Promover reflexões profundas (individuais/equipa), utilizar métricas de bem-sentir e felicidade, potenciar equipas e/ou trabalhadores, num caminho sustentável de melhoria contínua.
Afinal, as evidências são irrefutáveis…trabalhadores felizes são mais produtivos!
Através da Prática do Coaching, é possível identificar disfuncionalidades (pessoais/organizacionais), medir o seu impacte, implementar planos de ação (preventivos/corretivos), devidamente monitorizados e flexíveis, conducentes a uma maior produtividade, eficiência e bem-sentir no trabalho.
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