Este dia, comemorado há 52 anos, já está na memória de todos nós. Provavelmente, nos nossos percursos escolares, foram efetuadas várias atividades de Educação Ambiental que ainda estarão na nossa memória e, mesmo que já esteja numa organização que se preze, provavelmente, far-se-ão ações de sensibilização nesse âmbito. Mas, infelizmente, nunca foi tão urgente potenciar estas ações no âmbito do combate às alterações climáticas, na luta por um planeta sustentável, na preservação e conservação da biodiversidade, na diminuição dos gases de efeito de estufa e de todos os tipos de resíduos, etc. Lamentavelmente, nem os países, nem as organizações, nem as pessoas, apresentam o mesmo nível de consciência ou possuem os mesmos recursos para uma prática ambiental mais limpa. Criar um planeta saudável onde todos os seres possam coexistir não é tarefa fácil dadas as desigualdades, os interesses económicos, etc. Mesmo os países que têm boas práticas ambientais não se livram da contaminação/poluição atmosférica, hídrica, entre outras, pois é um fenómeno transfronteiriço. Por essa razão, não são apenas os poluidores os únicos a sofrer as consequências das más práticas ambientais. É urgente tomar-se medidas pois, em 2024, os recursos naturais do planeta foram esgotados no dia 1 de agosto e a tendência é que cada vez aconteça mais cedo. Esta data é conhecida como o Dia da Sobrecarga da Terra.
A nível Mundial temos a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, adotada por todos os Estados-Membros das Nações Unidas, em 2015, que assenta em torno de 5 Princípios: Planeta, Pessoas, Prosperidade, Paz e Parcerias. Incluem por sua vez 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), correspondentes a 169 metas universais. Estes ODS, representam um apelo urgente à ação de todos os países, onde se definem prioridades e aspirações do desenvolvimento sustentável global para 2030.
A nível organizacional, nomeadamente para grandes organizações (mais 1000 trabalhadores,com ativos e lucros superiores a 25 e 50 milhões euros respetivamente), surgiram indicadores ambientais, sociais e de governação corporativa, criados para medir o grau de compromisso das organizações, relativamente aos objetivos de desenvolvimento sustentável, denominados ESG (Environmental, Social, Governance), que em português significa “Ambiente, Social e Governação corporativa”. Desta forma, dá-se cumprimento à diretiva Corporate Sustainability Disclosure Directive – CSRD (Diretiva de Reporte Corporativo de Sustentabilidade). Grandes organizações, têm já em 2028, uma elevada responsabilidade social no âmbito da sustentabilidade e apoio social, passando esta responsabilidade sucessivamente a organizações menores, nomeadamente paras as PME cotadas em 2029.
E a nível individual? Como está sua consciência ecológica? Será que o leitor tem noção que uma folha A4 equivale a 10 litros de água? Uma Maçã a 70 L, 1Kg de carne de porco a 5000 L; de vaca a 15000 L? Não podemos ficar parados a ver a destruição da nossa “casa” e, quem sabe, da espécie humana! A prática dos 5R – Reduzir, Reutilizar, Restaurar, Reciclar, Recuperar (energeticamente) – deveria ser uma prática “normal” no âmbito dos resíduos, nomeadamente dos plásticos. Para além dos plásticos acumulados, nomeadamente na chamada grande ilha de lixo do Pacífico, temos microplásticos e outras partículas ainda mais pequenas, nanoplásticos, presentes no solo, água do mar, neve e atmosfera. Infelizmente, também já foram detetados nanolásticos no sangue, fígado, pulmões e placenta. Estamos a ficar contaminados com nanoplásticos! Vamos agir? Vamos fazer diferente?
Através da Prática do Coaching, é possível refletir sobre a sua pegada ecológica, adotar praticas sustentáveis e menos consumistas, assim como assumir igualmente a sua responsabilidade social na preservação e conservação da nossa casa comum, o planeta Terra!
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