Todos os cidadãos residentes no concelho de Paços de Ferreira vão passar a ter, a partir do dia 19 de maio, um serviço de saúde permanente e gratuito, de Medicina Familiar e de Enfermagem, que estará disponível durante os horários de encerramento dos centros de saúde de Paços de Ferreira e de Freamunde e que pretende dar resposta a situações menos graves.
O projeto, pioneiro no país, foi apresentado esta segunda-feira, por Paulo Ferreira, presidente em exercício na Câmara Municipal de Paços de Ferreira, que assegurou que o objetivo passa por aliviar alguma pressão que os centros de saúde registam, assim como dar mais qualidade de vida à população.
“É uma medida exclusivamente para residentes no concelho, que estava inscrita no nosso programa para este mandato e que tem como principal objetivo de aliviar a grande procura junto dos centros de saúde que, em muitos dias, não têm capacidade para responder a situações mais ligeiras. Este serviço não substituiu situações urgentes, emergentes e graves e, nesses casos, tem que ser acionado o 112 ou a linha Saúde 24 para que as pessoas possam ser encaminhadas para o Hospital de referência do nosso concelho”, explicou o autarca.
O concurso público foi lançado em março passado e concorreram dois hospitais privados, tendo o serviço sido adjudicado ao Hospital Dr. Pinto Leite/Radelfe, situado na cidade de Paços de Ferreira. O contrato entre a autarquia e o Hospital foi assinado por seis meses e representa um investimento de 167 mil euros por parte da autarquia, comprometendo-se o hospital a atender gratuitamente, todos os cidadãos residentes no concelho de Paços de Ferreira, de todas as idades e sem limite de atendimentos. O serviço que se vai iniciar no dia 19 de maio, vai funcionar de 2.ª a 6.ª feira das 20 horas até às 8 horas do dia seguinte, e aos fins de semana e feriados das 16 horas às 8 horas do dia seguinte, não sendo necessária nenhuma marcação ou contacto prévio, bastando apenas que os utentes se digiram à unidade hospitalar.
“Não tenho dúvidas nenhumas que este serviço irá permitir dar mais qualidade de vida à nossa população, assim como vai fazer com que os nossos centros de saúde possam ter uma redução do número de procuras para estas situações menos graves, libertando-os da muita pressão que têm, sobretudo em algumas épocas do ano”.
Daqui a dois meses, a autarquia vai fazer um balanço do projeto, para monitorizar o seu funcionamento e resultados e realizar ajustes, caso seja necessário.
“Este terá de um ser um dos caminhos, em termos nacionais, para podermos desanuviar o Serviço Nacional de Saúde de situações não urgentes”, concluiu Paulo Ferreira.