Associação Empresarial de Penafiel

A Associação Empresarial de Penafiel (AEP) enviou uma carta ao Governo esta quinta-feira, a demonstrar novamente a sua preocupação com a falta de rapidez das medidas “na disponibilização dos apoios financeiros às empresas e às famílias”.

“A proximidade que a AEP tem junto dos seus associados tem-lhe permitido perceber a situação de calamidade que as empresas estão a viver, não obstante as medidas que foram implementadas pelo Governo”, denunciou a associação no documento, a que o IMEDIATO teve acesso.

Segundo a AEP, as microentidades, por um lado, não têm acesso a algumas das medidas implementadas pelo Governo e, por outro, “não conseguem aguentar tanto tempo sem verem os apoios prometidos chegarem às suas contas bancárias”.

Assim, a entidade penafidelense exigiu medidas ao ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, e ao ministro de Estado e das Finanças, Mário Centeno.

Para tornar o acesso às linhas de apoio mais simples, a AEP sugeriu a agilização dos procedimentos no sentido de “evitar burocracia” e que sejam criadas metodologias para acelerar o processo de decisão do crédito, bem como uma aceleração da “contratualização destas operações para uma rápida disponibilização de dinheiro aos empresários”.

Aos olhos da AEP, o Programa Adaptar, destinado apenas a entidades com contabilidade organizada, deve ser aberto “aos pequenos negócios que, por lei, não são obrigados a terem contabilidade organizada, mas que invariavelmente também são obrigados a adaptarem a sua atividade a esta nova realidade”.

A entidade também aponta a necessidade de aumentar a dotação financeira do programa, que está “muito aquém do montante global de apoio que as empresas vão necessitar”.

Por outro lado, a associação representante dos empresários de Penafiel pediu a criação de um plano de benefícios fiscais às empresas, “mais especificamente via a possibilidade de majoração de custos que resultem dos investimentos previstos no programa Adaptar”, bem como o cancelamento dos pagamentos por conta/especiais por conta, de forma a aliviar as empresas.

“Não podemos esquecer que o tecido empresarial é o principal motor da nossa economia e é também responsável pela subsistência de inúmeras famílias portuguesas”, apelou a AEP.

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