Festival Setentrional

O Ponto C promove, de 1 a 10 de julho, o Festival Setentrional com compositores e intérpretes portugueses da música contemporânea ao jazz, sem esquecer o fado, a música de intervenção ou o blues. Referente ao Norte, seja geograficamente seja evocando as suas características, Setentrional é um festival com assinatura que traz ao Tâmega e Sousa o que de melhor se faz, atualmente, na música nacional com destaque para o improviso de António Victorino d’Almeida, a intensidade da Orquestra do Norte, o carisma de Carminho e a homenagem a Carlos Paredes por Mário Laginha.

“Com o Setentrional propomos uma grande celebração da música portuguesa, ao nível da interpretação e da composição. O Ponto C afirma-se como um palco privilegiado para vários géneros de música, cimentando a relação com a contemporaneidade e com a excelência artística. Estamos muito confiantes com a programação desta primeira edição”, afirma Mónica Guerreiro, diretora artística do Ponto C.

No Ponto C, em Paço de Sousa e em Peroselo, o público vai poder assistir a momentos únicos. A Orquestra do Norte fará o Concerto Inaugural dia 1 de julho, às 21h30, no auditório do Ponto C, sob direção de José Eduardo Gomes.

Voz maior do fado, Carminho apresenta o seu mais recente disco “Portuguesa” no dia 4, às 21h30. Considerada uma das artistas mais marcantes da sua geração, traz a Penafiel a sua essência, onde tradição e contemporaneidade se entrelaçam de forma sublime. Nomeado para o Grammy Latino na categoria de Melhor Álbum de Raízes de Língua Portuguesa, “Portuguesa” tem levado a fadista a viajar pelo mundo. Deste álbum faz parte o tema “O Quarto”, presente no premiado filme “Poor Things”, de Yorgos Lanthimos.

No Mosteiro do Salvador de Paço de Sousa, os gémeos Fernando Costa (violoncelo) e Luís Costa (piano) partilham, dia 5, às 18h00, “Canção de maio & outras breves”, com destaque para a obra da compositora Anne Victorino d’Almeida entre outras obras portuguesas de diferentes épocas musicais.

No dia seguinte, o jovem pianista Rodrigo Teixeira apresenta “Decantar e outros encontros” cujo repertório inclui a estreia absoluta da obra encomendada ao compositor Francisco Lucena Pais, mas também obras de João Domingos Bomtempo, Schumann ou Ravel. Às 19h00, o quinteto de Barcelos L-Blues dá a conhecer, no anfiteatro do Ponto C, o álbum “Labirinto”, entre o rock, o folk e o blues, que retrata um percurso com dúvidas e inquietações, onde o trajeto tem mais sentido do que o destino.

A 7 de julho, às 21h30, no Centro Paroquial de Peroselo, António Victorino d’Almeida dará um concerto solo improvisado ao piano, uma noite onde o compositor e músico vai percorrer caminhos de liberdade e improvisação com enorme talento e distinção.

De volta ao Ponto C, dia 8, às 21h30, o Quarteto Caleidoscópio apresenta “Vórtice (para o fim de um tempo 2.0)”, da autoria de Catarina Sá Ribeiro, Daniel Moreira e Miguel Resende Bastos e com encenação de João Delgado Lourenço. Três visões sobre o fim do tempo, momentos intercalados por instalações sonoras e luminosas.

A 9 de julho, haverá Concerto a Dois Pianos com o pianista e compositor vimaranense Pedro Emanuel Pereira e o russo (exilado em Portugal na sequência da invasão da Ucrânia) Rem Urasin. Exímios pianistas da chamada escola russa, de diferentes gerações, vão revisitar a obra de vários compositores portugueses, mas também do grego Mikis Theodorákis.

No âmbito do centenário do mestre da guitarra portuguesa, Carlos Paredes por Mário Laginha chega ao Setentrional dia 10, com o pianista a partilhar o palco com Julian Argüelles (saxofone), Romeu Tristão (contrabaixo) e João Pereira (bateria). Juntos, darão vida a um desafio único, onde a riqueza harmónica do jazz se encontra com a melancolia e a beleza inconfundíveis da música de Carlos Paredes.

Para os mais novos, “Das gavetas nascem sons”, dias 2, 5, 6 e 10 de julho, na Sala Eurico. Composto por 42 gavetas, este objeto musical explora sons e materiais de diversos tipos, tais como madeira, plástico, cartão, borracha, entre muitos outros. Após um pequeno filme, as famílias são convidadas a entrar na instalação e experimentar um “instrumento-poema” que transforma o som guardado em histórias por contar.

A assinatura para a primeira edição do Festival Setentrional custa 45€ e está à venda na bilheteira do Ponto C (de terça a sábado, das 13h30 às 18h30) e on-line (pontocpenafiel.bol.pt). Os bilhetes para os espetáculos avulso estarão à venda a partir de dia 20.

Bem-vindo ao verão no Ponto C

Em julho e setembro, o Ponto C volta a ter encontro marcado com a arte e a criatividade. À já anunciada apresentação de “Swing”, dia 13, com texto de Henrique Dias, encenação de Adriano Luz, e interpretação de Diogo Morgado, Manuel Marques, Diana Nicolau e Susana Blazer; anuncia-se agora um concerto dedicado ao universo dos Abba, em “Gimme! Gimme! Gimme!”, dia 19, pela Banda Musical de Rio Mau, com direção musical de Hugo Vieira.

A peça de teatro “As Troianas”, de Séneca com encenação de Renata Portas, é apresentada dia 20, às 18h00, tendo como ponto de partida a guerra entre gregos e troianos, e o encontro amoroso entre Helena e Páris leva à queda de Tróia.

Do mundo digital para a Casa da Caturra, as OHME Sessions com curadoria do penafidelense Puro L e atuação de Vaga, Relax MFK, Keso e DJ Casca. Dia 26, às 22h00, abrem-se as portas aos fãs de hip-hop e música urbana, para se ouvirem rimas e batidas com pronuncia do Norte.

Julho termina com “Dorothy”, dia 27. Um espetáculo da MissisDance Academia de Dança. Uma viagem ao reino de Oz protagonizada pelos alunos da academia penafidelense.

Ao longo do trimestre realiza-se ainda o “Sentir o verão”, um programa com inúmeras atividades, da música ao cinema, do desporto às feiras e festas tradicionais, sem esquecer a aventura e a dança, em diferentes locais de Penafiel.

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