A Rua de Angola, junto aos Bombeiros Voluntários de Ponte de Lima, acolheu ontem a inauguração de uma nova escultura pública da autoria de Carlos Mello, jovem artista natural de Paços de Ferreira, no âmbito das comemorações do 4.º aniversário da AEMinho – Associação Empresarial do Minho.
A cerimónia contou com a presença de figuras de destaque, entre elas o presidente da Câmara Municipal de Ponte de Lima, Vasco Ferraz, o presidente da AEMinho, Ramiro Brito, e o ex-Ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, além de representantes de várias empresas da região. O momento celebrou a força da cooperação intermunicipal e empresarial na valorização do património e do futuro da região.
A peça, intitulada “O progresso como simbiose, não como antagonismo”, ergue-se com 2,60 metros de altura e constitui uma reflexão visual e conceptual sobre o papel da indústria na sociedade contemporânea. Concebida em aço metalizado, com um acabamento em azul tecnológico vibrante, a escultura inspira-se na memória industrial portuguesa, representando os telhados serrilhados das antigas fábricas e as icónicas chaminés de tijolo burro.
No topo, elementos naturais introduzem uma nota de contraste à rigidez do metal, evocando o necessário equilíbrio entre tecnologia e natureza. No seu interior, o uso de espelhos convida à introspeção: um convite ao ser humano para se reconhecer como parte ativa e consciente na construção de um futuro mais empático, sustentável e coletivo.
Segundo Carlos Mello, esta instalação “não é apenas uma homenagem ao passado fabril do país, mas uma chamada de atenção para as responsabilidades éticas e ambientais da Indústria 5.0”. A obra pretende afirmar-se como um símbolo visual e material de um Minho que pensa o seu passado para projetar, com visão, o seu futuro.
A escultura permanecerá como um marco permanente em Ponte de Lima, simbolizando o diálogo entre inovação e identidade, passado e futuro, indústria e humanidade.
