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Um atentado ambiental no concelho de Paços de Ferreira, mais especificamente na freguesia de Frazão, está a ser investigado pelo Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR.

Na quarta-feira de manhã, Jorge Vicente Leal, residente em Lordelo, estava a fazer a sua volta de bicicleta quase diária pelas redondezas quando, numa estrada paralela à A42 junto das bombas de gasolina BP, descobriu algo a que já estava habituado: uma descarga de lixo.

Contudo, havia algo estranho acerca dos resíduos em questão: eram domésticos, desde embalagens de fast food a garrafas de bebida.

“Tirei fotografia pela estranheza do tipo de lixo, porque passo muitas vezes pelo local e tem sempre montes de entulho, móveis velhos, estofos e até pelas de carro. É triste porque normalmente já nem ligo, mas este caso chamou-me a atenção”, contou ao IMEDIATO.

Segundo o mesmo, o “monte” de lixo parecia ser proveniente de várias residências e estava “em grande quantidade”.

Jorge Vicente Leal não fez queixa nas autoridades, mas contou ao IMEDIATO que foi contactado por um agente do SEPNA acerca da situação.

Ao IMEDIATO, o capitão da Secção de Operações Treino e Relações Públicas do Comando Territorial do Porto da GNR, Rui Ferreira, esclareceu que “a situação descrita encontra-se atualmente sob investigação pelo Núcleo de Proteção Ambiental do Destacamento Territorial de Felgueiras”.

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O cenário que Jorge Vicente Leal encontrou em Frazão

Segundo a mesma fonte, os militares da Guarda já se deslocaram ao local, “onde procederam à identificação do proprietário do terreno em apreço”. O capitão da GNR acrescentou ainda que, logo que possível, vai ser elaborado o auto de notícia por contraordenação e “remetido à entidade competente”.

Para Jorge Vicente Leal, “é difícil mudar a mentalidade” dos cidadãos, sendo essencial, aos seus olhos, perceber as razões que motivam estes atos de poluição.

“É preciso encontrar soluções, as pessoas têm de estar informadas sobre onde depositar este tipo de resíduos. É necessário sensibilizar a população, manter a vigilância e punir estas infrações”, rematou o lordelense de 47 anos.

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