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Paulo Pimenta, coordenador de Angiologia e Cirurgia Vascular na CUF (OM36699)
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Pernas pesadas e inchadas são queixas frequentes que podem esconder um problema de saúde sério: as varizes. Esta condição, muito mais que um problema estético, afeta cerca de 30% dos portugueses e, se não for tratada atempadamente, pode levar a complicações graves. Paulo Pimenta, coordenador de Angiologia e Cirurgia Vascular no Hospital CUF Arrifana de Sousa e nas clínicas CUF Paredes, CUF Marco de Canaveses e CUF Lousada, alerta para a importância de reconhecer os sinais de alarme e de procurar ajuda atempadamente para um tratamento eficaz.

– Quais os sintomas que não devem ser ignorados e alertam para a necessidade de procurar um médico?

A insuficiência venosa crónica, que consiste na dificuldade das veias em fazer o sangue regressar ao coração, apresenta-se de formas variadas, desde a ausência de sintomas a dor, edema (inchaço), sensação de pernas cansadas, cãibras e prurido.

Sempre que os sintomas se tornam relevantes, ou se constata o aparecimento de varizes exteriorizadas, mesmo que ainda numa fase inicial, a procura de uma avaliação médica é fortemente aconselhada, pois é nessas fases que se podem instituir medidas preventivas.

Em fases mais avançadas, podem surgir complicações como flebites (formação de coágulos nas veias) ou alterações cutâneas graves, que exigem tratamento médico e cirúrgico e em alguns casos urgentes.

O diagnóstico precoce é essencial, pois permite identificar a doença, analisar a sua extensão e implementar medidas preventivas ou de tratamento médico ou cirúrgico, que podem curar ou parar a sua evolução natural.

– As varizes não tratadas atempadamente podem trazer complicações?

Sim. As varizes são veias dilatadas e tortuosas, provocadas por falência das válvulas que controlam a direção do fluxo do sangue no seu interior. Esta dilatação progressiva pode levar a alterações inflamatórias agudas culminando nas preocupantes flebites, ou ao aparecimento de alterações crónicas com deterioração progressiva da pele, com pigmentação, endurecimento, fragilidade e descamação, podendo culminar com a formação de uma úlcera cutânea.

– Porque é importante procurar um especialista diferenciado nesta área?

A avaliação precoce por um cirurgião vascular é essencial para determinar o estádio da doença e estabelecer um plano individual adaptado a cada situação clínica. Só este especialista tem as devidas competências clínicas – resultado de anos de formação contínua e vasta experiência com esta patologia – para fazer o diagnóstico correto, iniciar de imediato medidas preventivas e aconselhar as melhores opções de tratamento.

O conhecimento abrangente destas doenças vasculares, por um especialista diferenciado, com o auxílio do ecodoppler vascular na consulta, permite também, excluir ou identificar outras patologias que podem por si ser o fator precipitante ou desencadeante da doença venosa.

Atualmente existem formas de tratamento, minimamente invasivas, que só são do conhecimento prático e experiente de um cirurgião vascular com diferenciação nesta área.

– Qual tem sido a aposta do Hospital CUF Arrifana de Sousa no diagnóstico e tratamento destas doenças?

O Hospital CUF Arrifana de Sousa, tem desde a sua criação o objetivo de criar equipas altamente diferenciadas nas diferentes áreas de atuação clínica. A Cirurgia Vascular e, neste caso, o tratamento da patologia venosa não é exceção. A aposta tem sido criar uma unidade de excelência no diagnóstico e tratamento da doença venosa, garantindo cuidados de saúde completos e personalizados, desde a avaliação inicial, o tratamento ideal e posterior acompanhamento a longo prazo.

Com equipamentos de última geração e uma equipa diferenciada, temos ao dispor da população um centro de referência com toda a capacidade instalada para uma abordagem multidisciplinar e centrada no doente.

A equipa clínica, que tenho o gosto de coordenar, tem vasta experiência na abordagem da saúde vascular e na doença venosa, e está comprometida em assegurar a melhor assistência, com foco na segurança, nos melhores resultados e no bem-estar do doente.

– Qualquer altura do ano é indicada para tratar as varizes?

As varizes podem e são tratadas durante todo o ano. No entanto, existem algumas exceções.

Os tratamentos exclusivamente estéticos, esses sim, devem apenas ser realizados durante os meses mais frescos do ano, dado que a exposição ao calor e ao sol podem diminuir fortemente a sua eficácia, bem como potenciar o aparecimento de alguns efeitos indesejados como a pigmentação cutânea nas áreas intervencionadas.

Os tratamentos cirúrgicos, especialmente os endovasculares (radiofrequência ou endolaser), podem ser feitos em qualquer altura do ano, exigindo cuidados como o uso de meia de compressão elástica e evitar a exposição solar precoce. Apesar de não existir qualquer contraindicação para a sua realização no verão, os doentes preferem realizar estes procedimentos entre o Outono e a Primavera.

– Que conselho deixa à população sobre a importância de cuidar da saúde vascular?

As doenças vasculares são cada vez mais prevalentes devido ao nosso estilo de vida e predisposição genética. Alguns conselhos são mandatórios e generalizados para a população em geral, como: evitar ganhar peso, praticar exercício regular, contrariar o sedentarismo, elevar os membros inferiores e usar seletivamente meias de compressão elástica. O diagnóstico precoce por um especialista diferenciado é a chave para uma abordagem correta e individualizada. As varizes e a doença venosa são mais do que um problema estético. São a manifestação de uma disfunção circulatória progressiva e crónica.

Seja apenas por uma preocupação estética seja pelo agravamento dos sintomas, não há motivo para conviver com o desconforto e o risco.

Cuidar da sua circulação é investir em bem-estar, conforto e saúde.

CUF Arrifana de Sousa, S.A. | Penafiel |

NIPC 501319956 | Licença n.º 13606/2017

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