Modelo Opiniao

Vivemos tempos em que a política se vê, demasiadas vezes, contaminada por discursos fáceis, mensagens simplistas e soluções que não resistem ao confronto com a realidade. As eleições autárquicas, em particular, devem ser o momento maior da democracia e da voz do povo, em que cada partido apresenta ideias, projetos e visões de futuro para a sua terra. É, pois, fundamental que em Paços de Ferreira a campanha que se aproxima seja marcada pela verdade, pelo debate sério e pela apresentação de propostas inovadoras que respondam aos desafios do concelho.

O populismo, que se alimenta do descontentamento e do ruído, não é resposta para problemas complexos. Forças antidemocráticas pretendem dividir a sociedade, explorando ressentimentos e fragilidades em vez de oferecerem soluções concretas. A nossa comunidade, com uma identidade forte, assente no trabalho, no associativismo e na solidariedade, não deve ceder a tentações que corroem os alicerces da democracia.

O Partido Socialista tem demonstrado, ao longo dos últimos 12 anos de governação municipal, que é possível transformar Paços de Ferreira com trabalho consistente, visão estratégica e proximidade às pessoas. Os resultados estão à vista: uma economia local mais dinâmica, com o setor do mobiliário e da indústria a ganhar nova vitalidade; uma aposta contínua na educação, com escolas modernizadas e programas de apoio às famílias; um reforço da ação social, garantindo que ninguém fica para trás; e um impulso dado à cultura e ao associativismo, motores de identidade e coesão comunitária.

Em contraste, o PSD em Paços de Ferreira tem falhado, de forma reiterada, o papel que cabe a uma oposição construtiva: apresentar alternativas credíveis, fiscalizar com rigor, contribuir para o debate público. Em vez disso, limitou-se a uma presença tímida e ineficaz, incapaz de marcar a diferença ou de propor caminhos inovadores, resvalando para o populismo e atraindo-se pelo discurso fácil. A política precisa de confronto de ideias, mas esse confronto não existe quando uma das partes abdica de exercer a sua responsabilidade democrática.

É nesta base de conquistas que se deve construir o futuro. A próxima campanha eleitoral precisa de ser um espaço onde se discute como atrair mais investimento, como preparar as novas gerações para os desafios da inovação tecnológica, como continuar a apoiar os mais vulneráveis, como valorizar o património cultural e como reforçar o papel das coletividades. Não precisamos de slogans fáceis, precisamos de ideias sólidas.

Paços de Ferreira merece uma campanha limpa, de verdade e de responsabilidade. Uma campanha em que se reconheça o muito que já foi feito e se debata, com seriedade, o muito que ainda há a fazer. Só assim se honra a democracia e se garante que o futuro do concelho fica entregue a boas mãos.

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