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Há dias, a terminar uma intervenção, o ainda deputado, Sérgio Sousa Pinto dizia: ” a democracia é uma grande conversa…”

Fiquei a pensar nesta afirmação, deitei-me ainda a pensar nesta frase que interpretei como uma proposta para avaliar o tempo actual… É claro que não levei muito a sério o sentido que o autor terá atribuído ao que disse mas. não deixou de ser uma proposta para reflectir, uma vez mais,para o que foi ou o que está a ser a data do 25 de Abril. Que volta a acontecer, amanhã…

Como também disse, há tempos, Manuel Alegre, “Cada 25 de Abril é um regresso mas é também um novo ponto de partida”, então, todos os anos, neste mês de Abril, é forçoso que pensemos, que voltemos a olhar para o que foi, para o que é esta data marcante da nossa História Política! Como um ponto de partida…

Como em todas as revoluções, com cravos vermelhos ou não, todas, quase todas, trouxeram muito de bom mas também algo de mau… Nesta que, de novo, estamos a celebrar, há muito de bom que chegou mas ainda não está tudo feito! Mudaram-se as leis, as regras, mas mudar mentalidades é muito difícil, porque nunca se mudam de um dia para o outro… E tudo passa depressa, o que aconteceu quase parece ter sido ontem… Ainda assim, saídos todos de um um sufoco total como era o nosso país, como é possível que ainda haja gente, mulheres, em especial, que não têm os mesmos direitos que os homens, que parecem querer mostrar mais força ou mais determinação? Isso não é possível, não devia ser possível, existirem direitos menores entre seres humanos… Afinal, todos, como pessoas normais, deveriam sentir ou mostrar que há ainda situações que parecem andar para trás em vez de caminharem num passo normal… Exemplos? Não interessa mostrar já que se sente que ainda se cultiva o ódio entre gente que se conhece, que convive, entre muitos jovens também. E, como é isso possível? Entre nós, gente que se diz livre depois de Abril, continua a prevalecer a disputa, a agressão, a violência em tantas situações… Isso tudo provoca uma enorme confusão!

Afinal, dizemos todos, a liberdade é a base de tudo, de quase todas as situações… É certo que está cumprida a promessa de liberdade, isso sente-se, mas vê-se às vezes, em exagero também… Vivia-se numa enorme ditadura, difícil de suportar, mas hoje vive-se numa grande confusão… Houve avanços nas mentalidades mas também voltam a acontecer alguns retrocessos. Tantos… Tantos idiotas palermas que querem governar o mundo e que estão a ser, de algum modo, um mau exemplo para alguns de nós!

Não deixo de constatar que muitos desígnios de Abril ainda estão por cumprir e, algumas das suas enormes conquistas, o SNS por exemplo,está hoje transformado num serviçozito nacional de saúde, quase desmantelado e que só serve alguns. Muito poucos! Muito, muito falta cumprir de Abril! Apesar de termos liberdade de expressão escrita, ela é condicionada algumas vezes e, a algumas vezes, não é sequer mostrada, porque nem convém…

Mas, uma nova oportunidade de celebração, em cada mês de Abril, ainda vale a pena comemorar porque essa é a data mais gloriosa da nossa História quase milenar. Afinal, a nossa liberdade é um presente que merece comemoração, que merece análise e que merece uma grande reflexão. Em cada ano, afinal! Que nunca se esqueçam os sonhos e anseios de uma geração que lutou para que todos aqui chegássemos!

Mesmo que a festa se faça com uma enorme “conversa” onde o tema central é, outra vez, o 25 de Abril… E um cravo vermelho!…

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