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No arranque do novo ano letivo, foram muitos os alunos da região que deram o salto para o ensino superior. Das cinco escolas secundárias de Paços de Ferreira e de Penafiel, saíram 447 alunos para as universidades do país, com médias excecionais e uma grande parte para se formar em futuros médicos.
Do concelho de Paços de Ferreira, 116 alunos da Escola Secundária de Paços de Ferreira e 51 da Escola Secundária D. António Taipa de Freamunde, ingressaram no ensino superior.
De Penafiel, da Escola Secundária de Penafiel entraram na universidade 242 alunos, da Escola Secundária Pinheiro, 17 e da Escola Secundária Joaquim Araújo, 21.
A maioria dos alunos entrou na sua primeira opção e o curso de Medicina e das Engenharias foram os mais escolhidos pelos alunos que concorreram ao ensino superior.
Nesta edição do IMEDIATO, além dos números, trazemos-lhe as histórias de vida destes alunos, as suas expetativas para esta nova etapa e os seus projetos para o futuro.

Francisco Nunes foi um dos 51 alunos colocados da Escola Secundária D. António Taipa de Freamunde

Francisco 1

No ano letivo 2024/2025 frequentavam o 12º ano do ensino regular na Escola Secundária de Freamunde 98 alunos. Destes, apresentaram candidatura ao ensino superior 59 alunos, dos quais obtiveram colocação na primeira fase 51 alunos, 32 na primeira opção.
Neste estabelecimento de ensino, a média mais elevada foi de 19 valores, e o maior número de alunos – seis – foi colocado no curso de Enfermagem, seguindo-se Engenharia Informática – com cinco alunos colocados – e Gestão – com quatro alunos colocados.
Francisco Nunes terminou o 12.º ano em Ciências e Tecnologias, com média de 19 valores e ingressou agora na universidade em Engenharia Mecânica. “Sempre foi o que quis fazer e trabalhei para isso. E no futuro quero terminar o curso, para depois trabalhar em desportos motorizados, rally ou fórmula 1. Sempre foi um sonho que tive e vou lutar por ele”, afirmou o aluno.

Letícia foi uma dos 116 alunos da Secundária de Paços de Ferreira colocados na primeira fase

Leticia

Na Secundária de Paços de Ferreira, 135 alunos concorreram ao ensino superior, dos quais 116 foram colocados na primeira fase.
A melhor média de acesso do estabelecimento de ensino foi conquistada por Letícia Ribeiro – 19,7 valores – aluna que foi colocada em Medicina, na Universidade do Porto. Os alunos Carlos Rafael Martins Teixeira e Gonçalo Leal Pacheco, ambos com média de acesso de 19,5, ficaram colocados na Universidade do Porto – Faculdade de Engenharia – Engenharia Informática e Computação.
No total, 14 alunos da Secundária de Paços de Ferreira concorreram com média de acesso ao Ensino Superior com classificação igual ou superior a 19 valores.
Letícia Ribeiro terminou o 12.º ano, no curso de Ciências e Tecnologias com uma média de 19,7 valores e entrou na universidade em Medicina no ICBAS. “Medicina não era a minha primeira opção. Nunca sonhei ser médica, mas tomei essa decisão no final do 11.º ano, nos inícios do 12.º, altura em que me comecei a interessar mais. O meu irmão também estudava Medicina e comecei a ter mais interesse e acabei por decidir por esta área porque também gosto muito de ajudar os outros e acho que a Medicina me vai permitir isso”, referiu a jovem ao IMEDIATO.
Apesar de ainda não saber que especialidade quer seguir, está certa de que vai conseguir e está “muito confiante” e expetável neste novo percurso. “É muito diferente do secundário, relativamente à proximidade que existe entre professores e alunos e a quantidade de matéria que damos. Vai ser mais difícil, mas estou disposta a agarrar este desafio”, concluiu.

Colocados 280 alunos das três escolas secundárias de Penafiel

Escola Secundária Penafiel – Da Escola Secundária Penafiel, 285 alunos apresentaram candidatura ao ensino superior e 242 foram colocados na primeira fase, 60% dos quais na primeira opção.
No que respeita aos cursos, 17 alunos foram colocados em Medicina, 14 em Engenharias Informáticas e 14 em Informática. Na Faculdade de Engenharia do Porto, foram colocados 23 alunos da Secundária de Penafiel, na Faculdade de Letras foram colocados 21 e nas faculdades de Medicina do país foram colocados 17, cinco dos quais em Coimbra e sete no Porto.
No que respeita às médias, foram muito os alunos que alcançaram médias superiores e 19,6 valores. “Muitos não foram para medicina porque não quiseram porque tinham média para isso. E alguns não ficaram na primeira opção porque tinham três ou quatro opções de topo”, referiu Adriano Nery, diretor da Escola Secundária de Penafiel.

Escola Secundária do Pinheiro – Dos 92 alunos que frequentaram o 12.o ano, na Escola Secundária do Pinheiro, em Penafiel, 39 destes pretendiam candidatar-se ao ensino superior, mas só 18 apresentaram candidatura e 17 destes, ou seja, 94% foram colocados na primeira fase, em estabelecimentos públicos de ensino. Dez destes alunos, foram colocados na sua primeira opção, cinco deles na segunda opção, um na terceira opção e outro na quarta opção e foi para o curso de Engenharia Informática que houve mais candidaturas – duas.
Enrique Arangurun é um jovem venezuelano de 19 anos, que é um exemplo de superação junto da comunidade escolar da Secundária do Pinheiro.

Enrique

Chegou para integrar a turma do 9.º ano e terminou o secundário com média de 16,85 valores e vai para a universidade estudar engenharia mecânica. “Foi a minha primeira opção, sempre fui bom aluno a matemática e a física e sabia que queria seguir engenharia. Agora optei por Engenharia Mecânica porque também gosto muito de máquinas”, referiu o jovem, que tem como objetivo inicial acabar a licenciatura e depois seguir para o mestrado. “O mestrado é uma mais-valia”, assegurou, ainda sem nenhuma profissão de sonho ou local de trabalho definido. “Quero é trabalhar quando acabar o curso”, assegurou.
O percurso que Enrique fez na Secundária do Pinheiro e agora na universidade, será um percurso com os mesmos obstáculos, principalmente no que respeita à fala. “As línguas são semelhantes, consegui aprender rápido o português e acompanhar as aulas. Senti-me muito integrado, as pessoas foram muito boas e a escola foi uma boa escola, que sempre exigiu muito de mim, mas que também sempre me ajudou em tudo, com explicações depois do horário das aulas e isso tudo”, concluiu o jovem, desejoso de que possa ter este mesmo acompanhamento agora na universidade, para onde vai com “expetativas elevadas”.

Escola Secundária Joaquim Araújo – Da Escola Secundária Joaquim Araújo, de um universo de 38 alunos, 29 deles concorram ao ensino superior, tendo entrado 21 – 76% dos alunos entraram na primeira e segunda opção – dos quais quatro dos quais em Medicina, três em Biologia, três em enfermagem, dois em engenharia e gestão industrial.
Três deste alunos finalizaram o 12.º com média 19,83, tendo todos entrado em Medicina.
Ana Carolina Antunes tem 17 anos e é de Penafiel. Terminou o curso de Ciências e Tecnologia na Escola Secundária Joaquim Araújo com média de 19,83 valores e já começou a sua caminhada no curso de Medicina na Faculdade de Medicina do Porto.

Ana Carolina

“Medicina sempre foi a tua primeira opção, desde sempre achei que queira ser médica”, referiu a jovem, que cujo pai é enfermeiro, mas que em nada interferiu na decisão do caminho que queria seguir. “Cresci com muita gente doente à minha volta e sempre soube que era esse o caminho que queria seguir, poder cuidar dos outros”, acrescentou a jovem, que ainda não sabe que especialidade quer seguir, mas certa de que “é este o caminho que quero percorrer”.
Sobre o seu percurso na escola, afirma que sempre foi uma escola exigente. “Mas parte muito do nosso trabalho, do nosso estudo e do nosso tempo, fui eu que diz o meu futuro e que trabalhei para ele”, assegurou, com “muita expetativa” no caminho que agora inicia na universidade, mas certa de que “vai ser um caminho muito longo, mas muito feliz”, já que, apesar da sua tenra idade, se sente “com muita maturidade para agarrar esta nova fase da minha vida”.

 

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