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Roubados 215 capões da sede da Associação de Criadores de Capão de Freamunde

galinheiro
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Mais de duas centenas de capões foram furtados, na madrugada desta quinta-feira, de um terreno da Associação de Criadores de Capão de Freamunde. Os ladrões levaram ainda uma máquina nova de depenar capões, causando um prejuízo total de cerca de 20 mil euros.

O assalto ocorreu durante a madrugada e ninguém se apercebeu do sucedido, já que o local é isolado e sem habitações nas proximidades, na Via do Poder Local, em Freamunde, Paços de Ferreira.

Os ladrões arrombaram o cadeado do portão que dá acesso à zona de criação e, já no interior, arrombaram ainda os cadeados de cinco galinheiros e levaram os 215 capões que lá se encontravam, 190 dos quais de um criador e os restantes da própria Associação. Levaram ainda uma máquina, “por estrear”, de depenar capões, disse ao Jornal IMEDIATO Ricardo Graça, presidente da Associação de Criadores de Capão de Freamunde.

Foi o criador que ficou sem 190 capões que, pelas 8 horas, foi ao local para alimentar e soltar os animais e deu conta do furto, alertando, a seguir, as autoridades.

A GNR de Freamunde, com o Núcleo de Investigação Criminal, tomou conta da ocorrência e a recolheu indícios, tendo em vista a identificação dos ladrões.

Cada capão vale 70 euros

O assalto causou prejuízos diretos de cerca de 20 mil euros, tendo em conta que cada capão é vendido a cerca de 70 euros. Além disso, deverá condicionar a Feira dos Capões, a Semana Gastronómica do Capão à Freamunde e o Jantar de Gal eventos que se vão realizar em Paços de Ferreira, no mês de dezembro. São organizados, respetivamente, pela Associação de Criadores de Capão de Freamunde, pela Câmara Municipal de Paços de Ferreira e pela Junta de Freguesia de Freamunde.

“Este assalto limita as quantidades disponíveis para estes eventos, são menos 215 capões que estarão à disposição. Os eventos não estão em risco, mas vão ter que ser mais controlados, porque o capão vai acabar mais depressa do que esperávamos. Vamos ter que definir uma estratégia para minimizar este dano”, justifica o presidente da Associação de Criadores de Capão de Freamunde, que congrega sete criadores. Este ano, a criação era de cerca de mil capões, entre os sete criadores, ficando agora limitada a menos de 800 devido ao furto. O tempo de criação de um capão ronda os dez meses, não havendo agora, devido ao furto, tempo para que se possam criar novos para responder às necessidades dos eventos e aos pedidos para comercialização para este ano.

“Pedimos à população em geral que esteja atenta a comportamentos ou movimentações suspeitas na área e que comunique qualquer informação que possa ajudar na identificação dos autores ou na recuperação dos animais”, apela a Associação.

O local que foi alvo do assalto trata-se de um terreno com cerca de quatro mil metros quadrados, rodeado por muros na sua totalidade, onde a associação tem sete galinheiros, assim como dois edifícios onde está a ser criada uma sala de abate, um projeto em fase de legalização e instalação e que vai permitir que todo o processo que envolve o capão, desde a sua criação até ao seu abate, possa ser feito pela Associação.

Produto Certificado

O Capão à Freamunde é um produto com Indicação Geográfica Protegida (IGP), obedecendo a um caderno de encargos que obriga a técnicas específicas de criação e alimentação das aves, utilizando métodos que respeitam o ambiente e o bem-estar animal.

De entre as regras apertadas que os criadores têm que seguir, segundo o Caderno, incluem-se detalhes pormenorizados desde o tipo de alimentação que lhes podem dar até à área em que os animais têm para descansar e para fazer exercício.

A implementação, controlo e fiscalização do cumprimento destas regras cabe à Associação de Criadores de Capão de Freamunde.

 

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