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O FC Paços de Ferreira terminou ontem a sua participação na I Liga com um empate (3-3) na deslocação ao Gil Vicente, que lhe permite ocupar (à condição) um tranquilo 12º lugar na classificação.

Em época atípica, que durou 13 meses devido à paragem pela pandemia, os Castores tiveram uma primeira volta da prova muito difícil, ocupando quase sempre os lugares de despromoção, mas a solidificação das ideias do treinador Pepa e, sobretudo, cinco cirúrgicas contratações no mercado de janeiro permitiram uma recuperação assinalável, que se solidificou nos dez jogos do pós-retoma.

De facto, entre 7 de junho e 24 de julho, os Castores somaram 17 pontos, ao vencerem Rio Ave, Belenenses, Tondela, Setúbal e Portimonense, e empatar com Moreirense e Gil Vicente. As três derrotas foram contra equipas que estão nos quatro primeiros lugares da Liga (FC Porto, Sporting e SC Braga).

Um percurso notável se lhe juntarmos o facto de em quatro jogos fora da Mata Real ter marcado três golos (Rio Ave, Tondela, Setúbal e Gil Vicente), aliando aos bons resultados o futebol ofensivo e de qualidade apresentado por Pepa que, à exceção do jogo com o SC Braga, se bateu de igual para igual pela vitória. Apesar de os jogos terem sido todos sem público, esta imagem alegre e positiva da equipa contagiou também os seus adeptos, que em todos os jogos fizeram questão de apoiar a equipa na saída e chegada ao Estádio Capital do Móvel, sinal evidente do orgulho na campanha da equipa.

Após a partida de ontem à noite em Barcelos, o treinador pacense fez o balanço desse desempenho e do decisivo retoque na equipa no mercado de janeiro. “Decisivo não diria, porque ganhámos ao Moreirense em casa e saíamos da ‘linha de água’ apenas com um dos reforços que chegaram em janeiro. É justo valorizar a direção pelo empenho em trazer cinco jogadores que nos ajudaram muito, mas era muito injusto não darmos palavra à maior parte do grupo. É muito fácil abandonar a equipa quando o barco começa a meter água. Ninguém saiu, agarrámo-nos todos uns aos outros, acreditámos no processo e o resultado é uma manutenção com muito mérito e qualidade. Marcámos 12 golos em quatro jogos fora desde a retoma e isso é sinónimo de uma equipa que procura sempre vencer”.

O FC Paços de Ferreira já está de férias, até 14 de agosto, altura em que se deverão reiniciar os trabalhos para a Liga 2020/21, que tem a primeira jornada agendada para 20 de setembro. É tempo de se reorganizar a equipa, com as naturais saídas e entradas no plantel.

Matchoi estreia-se a marcar na Liga

O jogo com o Gil Vicente ficará para sempre na memória do jovem Matchoi Djaló, que mereceu a titularidade por parte de Pepa e se estreou a marcar pelo Paços de Ferreira, tornando-se no segundo mais jovem de sempre a marcar nesta edição da Liga (17 anos, três meses e 15 dias) apenas atrás de Fábio Silva. O treinador pacense deu ainda a oportunidade para o guarda-redes júnior Zé Oliveira se estrear com a camisola pacense, entrando a substituir Marco Ribeiro.

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