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O C.D.C. Juventude Pacense festejou o seu aniversário no passado dia 1 de abril. Desde que foi fundado, em 1972, o seu lema tem sido “formar pessoas e prepará-las para enfrentar o futuro”. Quisemos saber um pouco mais do que tem contribuído para o sucesso desta instituição pacense, junto do seu presidente, Mário Almeida.

Jornal IMEDIATO (JI) – Das modalidades que integram, quais as que têm sido alvo de maior dinamização por parte do clube e porquê?

Mário Almeida (MA) – O Juventude Pacense tem cinco modalidades, o hóquei em patins que esteve na génese do clube, tendo alargado o leque de modalidades ao longo dos anos, dispondo hoje de voleibol, patinagem artística, basquetebol e ténis, sendo que num passado recente teve também a patinagem de velocidade e o karaté, envolvendo um universo médio superior a 100 atletas por modalidade, com exceção do ténis.
Excetuando o ténis que tem uma limitação de base, em virtude de no concelho não existirem espaços condignos que permitam um crescimento humano e uma evolução planificada num quadro olímpico, todas as modalidades têm uma complexidade orgânica resultante da dinâmica imprimida e visão estratégica das pessoas que têm passado pelo clube, procurando um aperfeiçoamento constante, que se tem revelado sobretudo pela procura de atletas dentro e fora do concelho. Em termos desportivos todas as modalidades têm conquistado troféus e granjeado o respeito não apenas a nível nacional.

JI – Comemoraram recentemente o aniversário do clube, que marcos destacam desta longa história?

MA – Ao longo dos 47 anos de existência o clube tem promovido a prática desportiva como forma de aperfeiçoamento e valorização humana, formando várias gerações de atletas. Este é o nosso valor acrescentado na sociedade, procuramos formar jovens que estejam mais bem preparados para os desafios que irão enfrentar no futuro. Paralelamente, em termos individuais, muitos atletas que têm sido chamados para as diversas seleções nacionais, o que representa um marco notável, assim como em termos coletivos temos conquistado inúmeros troféus, donde destacamos os títulos internacionais da patinagem artística, por serem aqueles que levam mais além o nome do clube e da cidade.

JI – A que se deve a longevidade do clube?

MA – Existe no Juventude Pacense um espírito de desafio permanente e, no seio de cada modalidade, temos pessoas com uma paixão e dedicação inexcedíveis. Estes têm a meu ver sido os pilares do clube que se revelam no ecletismo que não encontrará paralelo noutras instituições que não os clubes de futebol.

JI – Os atletas têm mantido relação com o clube após a retirada do ativo?

MA – Os antigos atletas são uma das bases humanas do Juventude Pacense, sem eles a existência do clube não seria possível, o contributo como diretores, treinadores, seccionistas e até como adeptos, têm servido para transmitir ensinamentos e a mística aos mais novos.

JI – Quais os principais objetivos da direção?

MA – A atual direção implementou algumas medidas ao nível da gestão analítica de cada modalidade, respeitando as especificidades de cada uma delas e bem assim permitindo aos respetivos diretores projetarem de forma calculada a respetiva ambição, sem que com isso comprometessem o futuro de outras modalidades e o clube no seu todo. Este foi e continuará a ser o foco da atual direção pois entendemos que só desta forma o clube poderá crescer minimizando a sua exposição aos riscos de natureza financeira.

JI – Que dificuldades encontram ao gerir um coletivo de 700 atletas distribuídos por diferentes modalidades?

MA – As dificuldades são de vários níveis, desde logo em termos de espaços desportivos, pois como não dispomos de espaços desportivos próprios, toda a logística é distribuída por vários pavilhões concelhios. Em termos de planificação das épocas desportivas, com a componente de treinos diários em vários escalões etários, os jogos aos fins-de-semana, as deslocações em provas desportivas semanais, a organização de eventos, como são exemplo o espetáculo de Natal que vai para a 11ª edição, a festa nacional do mini-basquete, o vólei de praia e a organização de diversas fases finais de provas distritais e nacionais, só são possíveis ser superaras em virtude no enorme envolvimento humano e experiências adquiridas.

JI – Têm beneficiado de algum tipo de apoio?

MA – O clube não teria como sobreviver sem o contributo de terceiros uma vez que praticar desporto com o nosso nível e complexidade organizativa não fica propriamente barato. Beneficiamos do facto de estarmos inseridos num concelho com uma forte componente empresarial o que facilita angariação de fundos. O município também auxilia no contexto legalmente permitido, ao nível das inscrições dos atletas nas respetivas associações, dos exames médicos desportivos, no apoio à organização de eventos e também apoia nas deslocações ao estrangeiro.

Como referi, o clube não dispõe de equipamentos para a prática desportiva própria, pelo que tem de recorrer aos equipamentos municipais pelos quais é devida uma taxa de ocupação. Desde o início do nosso mandato que lançamos o repto ao município, na pessoa do vereador do desporto Dr. Paulo Sérgio Barbosa, de em conjunto aproveitarmos os apoios comunitários e nacionais que surgissem com vista à modernização dos espaços desportivos existentes, beneficiando do nosso estatuto de utilidade pública desportiva. Infelizmente a nível europeu ainda não surgiu qualquer programa, mas a nível interno encabeçamos uma candidatura para modernização do piso do pavilhão principal, no âmbito do programa PRID18, que está presentemente em execução.

JI – Que novidades a curto ou médio prazo pode revelar?

MA – Posso adiantar que há dois anos vimos trabalhando num projeto que visa a dinamização e o crescimento do ténis e criação de Padel. Cremos que, logrando implementar as nossas ideias, no espaço de um ano poderemos transformá-la na maior modalidade do clube em termos de praticantes. Temos as pessoas para o projeto, temos planificação, falta encontramos alternativa aos espaços desportivos existentes.

JI – Que perspetivas para o futuro?

MA – Queremos consolidar o clube em termos de organização, pois só dessa forma poderemos prosseguir a senda de sucessos que temos alcançado.

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